terça-feira, 31 de março de 2009

MENSAGEM DO SANTO PADRE

PARA O 46º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
3 DE MAIO DE 2009 - IV DOMINGO DE PÁSCOA


Tema: «A confiança na iniciativa de Deus e a resposta humana»


Venerados irmãos no episcopado e no sacerdócio,


queridos irmãos e irmãs!


1. Por ocasião do próximo Dia Mundial de Oração pelas Vocações ao sacerdócio e à vida consagrada, que será celebrado no IV Domingo de Páscoa, dia 3 de Maio de 2009, desejo convidar todo o Povo de Deus a reflectir sobre o tema: A confiança na iniciativa de Deus e a resposta humana. Não cessa de ressoar na Igreja esta exortação de Jesus aos seus discípulos: «Rogai ao Senhor da messe que envie trabalhadores para a sua messe» (Mt 9, 38). Pedi! O premente apelo do Senhor põe em evidência que a oração pelas vocações deve ser contínua e confiante. De facto, só animada pela oração é que a comunidade cristã pode realmente «ter maior fé e esperança na iniciativa divina» (Exort. ap. pós-sinodal Sacramentum caritatis, 26).
2. A vocação ao sacerdócio e à vida consagrada constitui um dom divino especial, que se insere no vasto projeto de amor e salvação que Deus tem para cada pessoa e para a humanidade inteira. O apóstolo Paulo – que recordamos de modo particular durante este Ano Paulino comemorativo dos dois mil anos do seu nascimento –, ao escrever aos Efésios, afirma: «Bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, do alto dos céus, nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo. Foi assim que n’Ele nos escolheu antes da constituição do mundo, para sermos santos e imaculados diante dos seus olhos» (Ef 1, 3-4). Dentro da vocação universal à santidade, sobressai a peculiar iniciativa de Deus ter escolhido alguns para seguirem mais de perto o seu Filho Jesus Cristo tornando-se seus ministros e testemunhas privilegiadas. O divino Mestre chamou pessoalmente os Apóstolos «para andarem com Ele e para os enviar a pregar, com o poder de expulsar demónios» (Mc 3, 14-15); eles, por sua vez, agregaram a si mesmos outros discípulos, fiéis colaboradores no ministério missionário. E assim no decorrer dos séculos, respondendo à vocação do Senhor e dóceis à ação do Espírito Santo, fileiras inumeráveis de presbíteros e pessoas consagradas puseram-se ao serviço total do Evangelho na Igreja. Dêmos graças ao Senhor, que continua hoje também a convocar trabalhadores para a sua vinha. Se é verdade que, em algumas regiões, se regista uma preocupante carência de presbíteros e que não faltam dificuldades e obstáculos no caminho da Igreja, sustenta-nos a certeza inabalável de que esta é guiada firmemente nas sendas do tempo rumo à realização definitiva do Reino por Ele, o Senhor, que livremente escolhe e convida a segui-Lo pessoas de qualquer cultura e idade, segundo os insondáveis desígnios do seu amor misericordioso.
3. Por conseguinte o nosso primeiro dever é manter viva, através de uma oração incessante, esta invocação da iniciativa divina nas famílias e nas paróquias, nos movimentos e nas associações empenhados no apostolado, nas comunidades religiosas e em todas as articulações da vida diocesana. Devemos rezar para que todo o povo cristão cresça na confiança em Deus, sabendo que o «Senhor da messe» não cessa de pedir a alguns que livremente disponibilizem a sua existência para colaborar mais intimamente com Ele na obra da salvação. Entretanto, por parte daqueles que são chamados, exige-se-lhes escuta atenta e prudente discernimento, generosa e pronta adesão ao projeto divino, sério aprofundamento do que é próprio da vocação sacerdotal e religiosa para lhe corresponder de modo responsável e convicto. A propósito, o Catecismo da Igreja Católica recorda que a livre iniciativa de Deus requer a resposta livre do ser humano. Uma resposta positiva que sempre pressupõe a aceitação e partilha do projeto que Deus tem para cada um; uma resposta que acolhe a iniciativa amorosa do Senhor e se torna, para quem é chamado, exigência moral vinculativa, homenagem de gratidão a Deus e cooperação total no plano que Ele prossegue na história (cf. n. 2062).
4. Ao contemplar o mistério eucarístico – onde se exprime sumamente o dom concedido livremente pelo Pai na Pessoa do Filho Unigénito pela salvação dos homens, e a disponibilidade plena e dócil de Cristo para beber completamente o «cálice» da vontade de Deus (cf. Mt 26, 39) – compreendemos melhor como «a confiança na iniciativa de Deus» molde e dê valor à «resposta humana». Na Eucaristia, dom perfeito que realiza o amoroso projeto da redenção do mundo, Jesus imola-Se livremente pela salvação da humanidade. «A Igreja – escreveu o meu amado predecessor João Paulo II – recebeu a Eucaristia de Cristo seu Senhor, não como um dom, embora precioso, entre muitos outros, mas como o dom por excelência, porque dom d’Ele mesmo, da sua Pessoa na humanidade sagrada, e também da sua obra de salvação» (Carta enc. Ecclesia de Eucharistia, 11).

Continuação da Carta do PAPA Bento XVI

5. Quem está destinado a perpetuar este mistério salvífico ao longo dos séculos, até ao regresso glorioso do Senhor, são os presbíteros, que podem precisamente contemplar em Cristo eucarístico o modelo exímio de um «diálogo vocacional» entre a livre iniciativa do Pai e a resposta confiante de Cristo. Na celebração eucarística, é o próprio Cristo que age naqueles que Ele escolhe como seus ministros; sustenta-os para que a sua resposta cresça numa dimensão de confiança e de gratidão que dissipe todo o medo, mesmo quando se faz mais intensa a experiência da própria fraqueza (cf. Rm 8, 26-30), ou o ambiente se torna mais hirto de incompreensão ou até de perseguição (cf. Rm 8, 35-39).
6. A consciência de sermos salvos pelo amor de Cristo, que cada Eucaristia alimenta nos crentes e de modo especial nos sacerdotes, não pode deixar de suscitar neles um confiante abandono a Cristo que deu a vida por nós. Deste modo, acreditar no Senhor e aceitar o seu dom leva a entregar-se a Ele com ânimo agradecido aderindo ao seu projeto salvífico. Se tal acontecer, o «vocacionado» de bom grado abandona tudo e entra na escola do divino Mestre; inicia-se então um fecundo diálogo entre Deus e a pessoa, um misterioso encontro entre o amor do Senhor que chama e a liberdade do ser humano que Lhe responde no amor, sentindo ressoar no seu espírito as palavras de Jesus: «Não fostes vós que Me escolhestes, fui Eu que vos escolhi e vos nomeei para irdes e dardes fruto, e o vosso fruto permanecer» (Jo 15, 16).
7. Este amoroso enlace entre a iniciativa divina e a resposta humana está presente também, de forma admirável, na vocação à vida consagrada. Recorda o Concílio Vaticano II: «Os conselhos evangélicos de castidade consagrada a Deus, de pobreza e de obediência, visto que fundados sobre a palavra e o exemplo de Cristo e recomendados pelos Apóstolos, pelos Padres, Doutores e Pastores da Igreja, são um dom divino, que a mesma Igreja recebeu do seu Senhor e com a sua graça sempre conserva» (Const. dogm. Lumen gentium, 43). Temos de novo aqui Jesus como o modelo exemplar de total e confiante adesão à vontade do Pai para onde deve olhar a pessoa consagrada. Atraídos por Ele muitos homens e mulheres, desde os primeiros séculos do cristianismo, abandonaram a família, os haveres, as riquezas materiais e tudo aquilo que humanamente é desejável, para seguir generosamente a Cristo e viver sem reservas o seu Evangelho, que se tornou para eles escola de radical santidade. Ainda hoje são muitos os que percorrem este itinerário exigente de perfeição evangélica, e realizam a sua vocação na profissão dos conselhos evangélicos. O testemunho destes nossos irmãos e irmãs, tanto nos mosteiros de vida contemplativa como nos institutos e nas congregações de vida apostólica, recorda ao povo de Deus «aquele mistério do Reino de Deus que já actua na história, mas aguarda a sua plena realização nos céus» (Exort. ap. pós-sinodal Vita consecrata, 1).
8. Quem pode considerar-se digno de ingressar no ministério sacerdotal? Quem pode abraçar a vida consagrada contando apenas com os seus recursos humanos? Mais uma vez convém reafirmar que a resposta da pessoa à vocação divina – sempre que se esteja consciente de que é Deus a tomar a iniciativa e é Ele também a levar a bom termo o seu projeto salvífico – não se reveste jamais do cálculo medroso do servo preguiçoso, que por medo escondeu na terra o talento que lhe fora confiado (cf. Mt 25, 14-30), mas exprime-se numa pronta adesão ao convite do Senhor, como fez Pedro quando, apesar de ter trabalhado toda a noite sem nada apanhar, não hesitou em lançar novamente as redes confiando na palavra d’Ele (cf. Lc 5, 5). Sem abdicar de forma alguma da responsabilidade pessoal, a resposta livre do homem a Deus torna-se assim «corresponsabilidade», responsabilidade em e com Cristo, em virtude da ação do seu Santo Espírito; faz-se comunhão com Aquele que nos torna capazes de dar muito fruto (cf. Jo 15, 5).
9. Emblemática resposta humana, repleta de confiança na iniciativa de Deus, é o «Amen» generoso e total da Virgem de Nazaré, pronunciado com humilde e decidida adesão aos desígnios do Altíssimo, que lhe foram comunicados pelo mensageiro celeste (cf. Lc 1, 38). O seu «sim» pronto permitiu-Lhe tornar-Se a Mãe de Deus, a Mãe do nosso Salvador. Maria, depois deste primeiro «fiat», teve de o repetir muitas outras vezes até ao momento culminante da crucifixão de Jesus, quando «estava junto à cruz», como refere o evangelista João, compartilhando o sofrimento atroz do seu Filho inocente. E foi precisamente da cruz que Jesus agonizante no-La deu como Mãe e a Ela nos entregou como filhos (cf. Jo 19, 26-27) – Mãe especialmente dos sacerdotes e das pessoas consagradas. A Ela quero confiar todos quantos sentem o chamamento de Deus para caminhar pela senda do sacerdócio ministerial ou da vida consagrada.
10. Queridos amigos, não desanimeis perante as dificuldades e as dúvidas; confiai em Deus e segui fielmente Jesus e sereis as testemunhas da alegria que brota da união íntima com Ele. À imitação da Virgem Maria, que as gerações proclamam bem-aventurada porque acreditou (cf. Lc 1, 48), empenhai-vos com toda a energia espiritual na realização do projeto salvífico do Pai celeste, cultivando no vosso coração, como Ela, a capacidade de maravilhar-se e adorar Aquele que tem o poder de fazer «grandes coisas», porque Santo é o seu nome (cf. Lc 1, 49).

Vaticano, 20 de Janeiro de 2009.
Enviado por Pe. Reginaldo de Lima
Assessor da Comissão Episcopal Pastoral para os
Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada

segunda-feira, 30 de março de 2009

O devoto

Vivia numa pequena cidade um homem muito devoto a Deus. Sua fé era conhecida em toda região. Um dia houve uma grande enchente e sua casa foi alagada. Ele subiu ao telhado e ficou rezando, aguardando a ajuda de Deus.
Seu vizinho percebendo o perigo, estendeu-lhe a mão. Ele não aceitou. Disse que aguardaria a ajuda de Deus. Seus amigos vieram de barco socorrê-lo. Ele negou. Veio finalmente o pessoal da defesa civil com um helicóptero para resgatá-lo. Ele também recusou.
“Espero a ajuda de Deus”, confirmou mais uma vez. A água subiu muito e o devoto morreu. Ao chegar ao céu, furioso foi imediatamente questionar Deus.
Disse ele a Deus. “Estava aguardando a Sua ajuda e o Senhor me faltou”.
Deus então lhe respondeu:
“Meu querido filho, eu lhe estendi a mão, mandei um barco, e até um helicóptero para salvá-lo e você não aceitou”.
Queremos sempre que Deus nos fale através de milagres, mas na maioria das vezes Ele nos fala através dos outros.
Precisamos aprender a perceber isto.

domingo, 29 de março de 2009

As marcas que ficam...

Havia um garoto, que com uma freqüência muito grande, magoava a todos com quem convivia, especialmente os seus familiares. Um dia seu pai o chamou-lhe e entregou-lhe uma tábua, um martelo e alguns pregos. Disse ao filho para cravar os pregos na tábua com bastante raiva. O filho assim o fez. Em seguida seu pai pediu-lhe que retirasse todos os pregos e ele obedeceu. Disse em seguida o pai: -Filho remova também as marcas. O filho respondeu: -As marcam não dar para remover. O pai então explicou: - Filho, esta tábua são seus amigos. O martelo é você e as suas palavras e atitudes são os pregos que magoam os teus amigos. Ao pedir desculpas você estará apenas removendo os pregos, porque as marcas ficarão para sempre.

sexta-feira, 27 de março de 2009

PEDRA NO CAMINHO

"Conta-se a lenda de um rei que viveu num país de além-mar há muitos anos. Ele era muito sábio e não poupava esforços para ensinar bons hábitos a seu povo. Freqüentemente fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo que fazia era para ensinar o povo a ser trabalhador e cauteloso. - Nada de bom pode vir a uma nação - dizia ele - cujo povo reclama e espera que outros resolvam seus problemas. Deus dá as coisas boas da vida a quem lida com os problemas por conta própria. Uma noite, enquanto todos dormiam, ele pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio. Depois foi se esconder atrás de uma cerca, e esperou para ver o que acontecia. Primeiro veio um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes que ele levava para moagem na usina. - Quem já viu tamanho destino? - disse ele contrariadamente, enquanto desviava sua parelha e contornava a pedra. - Por que esses preguiçosos não mandam retirar essa pedra da estrada? - E continuou reclamando da inutilidade dos outros, mas sem ao menos tocar, ele próprio, na pedra. Logo depois, um jovem soldado, veio cantando pela estrada. A longa pluma do seu quepe ondulava na brisa, e uma espada reluzente pendia à sua cintura. Ele pensava na maravilhosa coragem que mostraria na guerra. O soldado não viu a pedra, mas tropeçou nela e se estatelou no chão poeirento. Ergueu-se, sacudiu a poeira da roupa, pegou a espada e enfureceu-se com os preguiçosos que insensatamente haviam largado uma pedra imensa na estrada. Então, ele também se afastou, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra. Assim correu o dia. Todos que por ali passavam reclamavam e resmungavam por causa da pedra colocada na estrada, mas ninguém a tocava. Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro por lá passou. Era muito trabalhadora, e estava cansada, pois desde cedo andava ocupada no moinho. Mas disse a si mesma: - Já está quase escurecendo, alguém pode tropeçar nesta pedra à noite e se ferir gravemente. Vou tirá-la do caminho. E tentou arrastar dali a pedra. Era muito pesada, mas a moça empurrou, e empurrou, e puxou, e inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra. Ergueu a caixa. Era pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes dizeres: "Esta caixa pertence a quem retirar a pedra." Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro. A filha do moleiro foi para casa com o coração feliz.
Com freqüência encontramos obstáculos e fardos no caminho. Podemos reclamar em alto e bom som enquanto nos desviamos deles se assim preferirmos, ou podemos erguê-los e descobrir o que eles significam. A decepção é normalmente o preço da preguiça.

quarta-feira, 25 de março de 2009

A Fé...

João era dono de uma bem sucedida farmácia numa cidade do interior. Era um homem bastante inteligente, mas não acreditava na existência de Deus ou de qualquer outra coisa alem do seu mundo material. Um certo dia, estava ele fechando a farmácia quando chegou uma criança aos prantos dizendo que sua mãe estava passando mal e que se ela não tomasse o remédio logo iria morrer. Muito nervoso, e apos insistência da criança, resolveu reabrir a farmácia pra pegar o remédio. Sua insensibilidade perante aquele momento era tal que acabou pegando o remédio mesmo no escuro e entregando à criança que agradeceu e saiu dali às pressas. Minutos depois percebeu que havia entregado o remédio errado pra criança e que se sua mãe o tomasse seria morte instantânea. Desesperado tentou alcançar a criança, mas não teve êxito. Sem saber o que fazer e com a consciência pesada, ajoelhou-se e começou a chorar e dizer que se realmente existia um Deus que não o deixasse passar por assassino. De repente, sentiu uma mão a tocar-lhe o ombro esquerdo e ao virar deparou-se com a criança a dizer:

-"Senhor, por favor, não brigue comigo, mas é que cai e quebrei o vidro do remédio, da pro senhor me dar outro"?

Ele está sempre nos ajudando, nós é que não percebemos isso.

Fonte: http://www.sav.org.br/?system=news&action=read&id=1176&eid=66

terça-feira, 24 de março de 2009

Penitência? Para quê?

Começamos bem este tempo, mas depois parece que fica tão difícil
Não comer carne, não tomar refrigerante, chocolate nem pensar e não abusar das mensagens do celular. Vídeo game só daqui a 40 dias! Mas do que vale tudo isso?
Será que não estou me privando de coisas tão boas que não têm nada de mau?
Poxa! Ao me preparar para viver esta Quaresma vejo que, às vezes, erro pensando que esse é um tempo de privação!
Não!
Mas é de buscar o sentido que falta!
Vejo que, muitas vezes, começamos bem esse tempo, mas depois parece que fica tão difícil...
Lembro-me dos anos que fiz penitência de não beber refrigerante. Nossa! A quantidade de festas que fui... e lá estando... quem eu encontrava?
Ele – o refrigerante!
Bebia e pronto.
Vejo que, propósito eu tinha, o que me faltava era a motivação, e esta faltava, pois faltava o sentido!
E assim a Quaresma se tornou um tempo chato para mim!
Mas hoje vejo que a finalidade do tempo quaresmal é de preparação: se preparar!
Preparar para quê?
Para a Misericórdia de Deus!
E essa preparação consiste em receber o dom de Sua misericórdia — dom que recebemos à medida que abrimos o coração para Ele, lançando fora o que não pode conviver com a misericórdia.
Hoje vivo diferente minha Quaresma!
Em minha casa temos uma penitência comum a todos! Pois, enquanto casa, temos uma parcela de misericórdia que a nós está reservada.
Eu e minha namorada temos uma prática de oração comum neste tempo que nos prepara! Pois junto a ela quero e tenho reservado uma parcela da misericórdia!
Vejo que assim vou colocando sentido em cada prática e em cada penitência! E porque encontrei sentido, tenho motivação e se tenho motivação, vou a cada dia estando mais "de boa" para viver em todas as esferas de minha vida o tempo de preparar!
Lendo sobre o significado de conversão encontrei: "Processo através do qual as emoções se transformam em manifestações físicas".
Sair das emoções e partir para ações! Isso gera sentido. Isso abre espaço para misericórdia!
Então, mais que deixar de fazer isso ou aquilo! Por que você não faz isso?
Faça! Faça com sua família, faça com seus amigos, faça com sua (seu) namorada (o)!
A Quaresma então é para todos!
"Tamu junto"
Adriano Gonçalves

sábado, 21 de março de 2009

Encontro do SAV

Aconteceu no dia 21 de março de 2009, o encontro do SAV na Igreja do Rosário em Baependi - MG.
O Encontro contou com a presença de jovens, irmãs e membros do SAV.


E nesse encontro foi feito uma dinâmica com argila, onde os jovens com sua mãos expressaram os seus sentimentos usando a sua criatividade.


Esperamos que esse encontro tenha proporcionado aos jovens a certeza de que por mais que sejamos barros, podemos nos transformar em maravilhosas obras, se nos deixarmos ser modelados pelo verdadeiro oleiro que é Deus, nosso Mestre e Salvador.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Como confessar-se?


Depois que alguém se preparou para a confissão com a oração e o exame de consciência, aguarda pacientemente sua vez invocando para si e para o próximo, a Luz do Espírito Santo e graça de uma conversão radical. Aproximando-se do sacerdote, faz o sinal da cruz. O penitente pode escolher confessar-se com, ou sem confessionário, ficar de joelhos ou sentado (onde houver possibilidade).
Então pode iniciar a confissão dizendo:


“Abençoa-me Padre, eu pequei”. Em seguida, diz com a maior precisão possível o tempo transcorrido desde a última confissão, seu estado de vida (celibatário, casado, viúvo, estudante, consagrado, noivo ou namorado…) e se cumpriu a penitência recebida da última confissão. Pode ainda levar ao conhecimento do confessor os acontecimentos, nos quais se sentiu particularmente perto de Deus, os progressos feitos na vida espiritual.


Segue-se a confissão dos pecados, com simplicidade e humildade, expondo os fatos que são transgressões da lei de Deus e que mais intensamente pesam na consciência. São confessados primeiro os pecados graves ou mortais, segundo sua espécie e número sem perder-se em detalhes e sem diminuir a própria responsabilidade. Para se obter um aumento da graça e força no caminho de imitação de Cristo, confessam-se também os pecados veniais.
Agora se dispõe a acolher os conselhos e advertências do confessor aceitando a penitência proposta. O penitente reza o ato de contrição e o sacerdote pronuncia a fórmula da absolvição. O penitente despede-se do sacerdote respondendo à sua saudação: “Demos graças a Deus”, e então permanece um pouco na Igreja agradecendo ao Senhor.


Ato de contrição
“Meu Jesus, crucificado por minha culpa, estou arrependido(a) de ter pecado, pois ofendi a Vós que sois tão bom e mereci ser castigado(a) neste mundo e no outro. Perdoai-me, Senhor! Não quero mais pecar!”


Por Dom Alberto taveira /Bispo de Palmas-TO

quinta-feira, 19 de março de 2009

Os desafios que atualmente os jovens cristãos enfrentam na escolha da vocação

Os jovens, atualmente, enfrentam muitos desafios, não só quando se trata de fazer o discernimento da vocação, mas também quando, conscientemente, se dispõem a segui-la. Além dos desafios encontrados na vocação sacerdotal e religiosa, a situação não é melhor no campo do matrimônio. Não é difícil achar pessoas que, casadas de pouco, e talvez no mesmo dia do casamento, garantem que em breve se separarão. Estes “profetas de mau agouro”, que podemos chamar de pessimistas, indivíduos que desejam o mal ou são invejosos, seja lá como for, estão mostrando de uma forma ou de outra qual a situação reinante na vida matrimonial de hoje. Este fato, contudo, não nos deve levar ao desespero; antes, para nós que cremos, deve encorajar-nos a nunca deixar de rezar por todas as vocações.
Os desafios
1. O primeiro desafio que os jovens de hoje encontram no campo vocacional é a dificuldade de compreender o que significa “vocação”. Ficamos surpreendidos ao constatar os variados modos como é usado o termo vocação. Os jovens não poderão discernir sua verdadeira vocação, se não conhecerem o significado do termo, como é apresentado e ensinado pela Igreja. Talvez tivesse razão o filósofo que escreveu: “Uma das coisas difíceis na vida é descobrir o significado das coisas que são claras”.
2. Muitos jovens não vêem nenhuma diferença de significado entre os termos “vocação” e “carreira” (profissão); por isso, usam-nos como se fossem sinônimos. Não há que maravilhar-se, portanto, se chegam despreparados no momento de abraçar uma vocação por toda a vida. Por exemplo, muitos jovens consideram a vocação como um sucesso pessoal, e não receiam dizer qual o significado que eles lhe dão, prescindindo das palavras de Deus dirigidas ao profeta Jeremias: “Antes que fosses formado no seio de tua mãe, eu te conheci e te consagrei” (Jr 1,5). Palavras que fazem eco às de Jesus: “Não fostes vós a escolher-me, eu é que vos escolhi e vos constituí, para irdes e produzirdes fruto e o vosso fruto permaneça” (Jo 15,16). Portanto, nós não escolhemos a vocação como se fosse uma “carreira”, uma “profissão”; antes, como escreve o Papa João Paulo II em seu livro Dom e Mistério, “a vocação é o mistério da escolha divina”. Nossa obrigação é ouvir com humildade a voz de Deus, para sabermos o caminho pelo qual ele nos guia.
3. Outro desafio: falta de compreensão e de interesse em assumir as exigências e responsabilidades de uma vocação específica. Os jovens de hoje não dedicam muito tempo em refletir nos compromissos de uma vocação específica à qual foram chamados. Exemplificando: até que ponto os jovens que se sentem chamados ao matrimônio compreendem a profundidade do sacrifício que deverão fazer? Será que compreendem a necessidade da autodisciplina, da generosidade recíproca que devem ter, da abstinência ocasional que devem praticar? Além disso, muitos não mostram o mínimo interesse em melhorar o próprio conhecimento acerca das verdades que a Igreja ensina sobre a santidade do matrimônio. Normalmente, esperam até o último momento, depois freqüentam o curso, que embora o considerem uma necessidade, para eles se torna uma simples formalidade. Como podem, pois, conhecer as posições doutrinais da Igreja a respeito de anticoncepção e anticoncepcionais, preservativos, aborto, divórcio e outros ensinamentos referentes ao matrimônio? Pelo fato de não compreenderem e não vivenciarem estes ensinamentos muito antes da realização do casamento, muitos jovens fazem o juramento do matrimônio perante o altar, mas continuam a usar toda espécie de anticoncepcionais; este comportamento os leva depois a considerar que o seu matrimônio não é completo enquanto não nasce um filho, e que, portanto, muitos casos de divórcio são justificáveis e recomendáveis. Parece que esqueceram as sábias palavras de Jesus: “Quem de vós, querendo edificar uma torre, antes não se senta para calcular os gastos, que são necessários, a fim de ver se tem com que acabá-la? Para que, depois que tiver lançado os alicerces, e não puder acabá-la, todos os que o virem não comecem a zombar dele, dizendo: Este homem principiou a edificar, mas não pôde terminar!” (Lc 14,28-30). O mesmo se pode dizer da vocação ao sacerdócio e à vida religiosa. Embora o tempo de preparação ao sacerdócio seja mais longo, um bom número dos chamados só demonstra interesse para com os deveres do sacerdócio quando começa o ano de formação; outros, pior ainda, só no começo da filosofia... É um erro! Os jovens deveriam adquirir o hábito de estudar melhor os requisitos e as responsabilidades da vocação o mais cedo possível. Por que são tão desejosos de crescer no conhecimento em outros campos do saber e não no da vocação, que é o mais importante, melhor dizendo, indispensável? Isto eqüivale a ser perito no conhecimento dos aspectos do céu, mas ser incapaz de discernir os sinais dos tempos (cf. Mt 16,2-3).
4. A vida livre também impede aos jovens de fazerem o discernimento da vocação. Os jovens que não têm autocontrole e se abandonam a uma vida imoral, dificilmente podem ouvir o chamado divino. Conseqüentemente, temos jovens que vivem dupla vida: por um lado, vivem como pagãos a semana inteira; por outro, nunca faltam à Missa dominical. Para tais jovens, o Cristianismo consiste apenas na Missa dominical. Ora, para estes indivíduos é difícil enfrentar seriamente o problema da vocação. Mas, o que se esconde por trás desta fachada? Esconde-se sobretudo uma concepção errada e o uso não correto da tecnologia avançada de informação do mundo globalizado. Os jovens desperdiçam muito tempo em coisas tolas e triviais, que lhes impedem de cultivar os valores cristãos. Tudo quanto vêem na televisão torna-se para eles um atrativo a imitar. Carecem de uma apropriada formação familiar e agem de maneira dispersiva, à semelhança de ovelhas sem pastor. Não quero dizer com isso que os jovens chamados a seguir uma vocação sejam apenas os que vivem uma vida moral equilibrada; de fato, do tempo de Cristo até hoje, há casos de pessoas que foram chamadas quando ainda viviam no pecado; cito apenas dois exemplos: São Mateus (cf. Mt 9,9-13) e São Paulo (cf. At 9,1-20). Estes, porém, se converteram antes de seguir a sua vocação. E nós, ajudamos os nossos jovens a se converterem antes de darem uma resposta à vocação?
5. Outro desafio: a intromissão dos pais. É um fato que não deve ser ignorado, mas também não se lhe deve dar muito peso. Alguns pais desencorajam seus filhos quando se trata de seguir alguma vocação, especialmente a vocação sacerdotal. Seu profundo desejo de ter netos, os obriga a dizer a seus filhos que pensem duas vezes, antes de responder a uma vocação. No contexto africano, visto que os pais têm grande influência e a eles cabe dizer a última palavra sobre as decisões de seus filhos, este desafio se torna realmente difícil de ser superado.
6. Outro desafio nasce da desilusão provocada por aqueles que não são fiéis à sua vocação. O grande número de matrimônios rompidos e de padres escandalosos exerce um impacto negativo na vida dos jovens e, conseqüentemente, na escolha da vocação. Este impacto tem duplo aspecto: primeiro, deixa os jovens incertos quanto a seguir a mesma estrada; segundo, leva-os a formar esta idéia: o exemplo que vêem em seus predecessores é a única senda da vida; agir de maneira diferente seria inútil. Esta atitude, contudo, é uma fraqueza de jovens; de fato, eles podem sempre agir de maneira bem melhor, embora seguindo a mesma vocação. Podem sempre testemunhar, com palavras e fatos, que é possível viver uma vida exemplar.
7. Os que são chamados ao matrimônio encontram um grande desafio no flagelo da AIDS. Os jovens têm medo e receiam ser infeccionados pela AIDS. Este fato os faz submeter-se voluntariamente ao exame de sangue antes do casamento.
8. O pulular de seitas cristãs do nosso tempo constitui outro desafio. A grande variedade de seitas exerce um influxo negativo sobre a escolha da vocação. Antes de tudo porque são apresentadas continuamente novas verdades, que contrastam ou contradizem a fé católica no campo das vocações, especialmente da vocação sacerdotal. Muitos jovens católicos, com pouca formação, ficam confusos, sem esperança. Depois, há uma contraposição entre os jovens católicos e as seitas cristãs, que é negativa, por esta razão: o ensinamento católico enfatiza pontos diferentes dos que são ensinados pelas seitas. Tomemos o exemplo de uma jovem mulher católica, solteira, que convive com um homem casado e que segue uma destas novas seitas: será que os seguidores desta seita consideram do mesmo modo que nós, católicos, o comportamento pecaminoso? Não, certamente. Embora admitamos que muitas seitas condenam o adultério e a fornicação, a Igreja Católica, entretanto, se opõe mais fortemente e impõe penalidades para os que coabitam em semelhante situação. Em conclusão: aquela jovem mulher católica encontrará dificuldade em seguir sua vocação no matrimônio.
9. O último desafio, mas não o menor, surge dos conterrâneos, dos coetâneos e da sociedade em que vivemos. Muitos jovens não respondem à sua vocação, especialmente à vocação sacerdotal, por temer a opinião dos outros. Hoje, os jovens que falam de sua vocação ao sacerdócio, ou da vocação à vida religiosa, correm o risco de ser ridicularizados e desprezados. Visto que os conceitos de secularização e de materialismo penetram na mente de muitos, a vocação à vida religiosa é entendida de modo errado e alguns a consideram ultrapassada, fora de moda, no mundo globalizado em que vivemos! Estando as coisas neste pé, é preciso que os jovens que aspiram ao sacerdócio ou à vida religiosa tenham a possibilidade de receber uma formação adequada acerca do que é objetivamente justo. Os jovens devem ouvir com humildade o chamado de Deus. Antes de tudo, devem decidir-se a viver vida espiritual, porque não há vocação que não exija santidade. Devem rezar intensamente, porque somente Deus é o alfa e o ômega, a fonte de toda vocação, como afirma a carta aos Hebreus: “Ninguém se apropria desta honra; recebe-a somente aquele que é chamado por Deus, como Aarão” (Hb 5,4).
Conclusão
1. Para ser sincero, tenho o pressentimento de que o tempo presente, marcado pela confusão religiosa e pela obscuridade intelectual, seja um mal necessário. Não conseguiremos prestar nenhuma ajuda aos nossos jovens tão atribulados enquanto não começarmos a chamar as coisas com o seu verdadeiro nome, enquanto não assumirmos os conceitos no seu sentido genuíno e real. Se a Igreja, de alguma forma, quer ser visível, a ponto de influenciar a nossa sociedade juvenil, não pode simplesmente limitar-se a dizer aquilo que os outros já disseram antes. Uma Cristandade ou Catolicidade que se contenta em repetir as coisas à papagaio, não atinge os nossos jovens de hoje; é uma ação que continua a ser insignificante e superficial.
2. O Cristo dos cristãos é concreto, humano, é pessoa histórica: é Jesus de Nazaré (cf. At 22,7-8). Neste sentido, o Cristianismo baseia-se na história. A fé cristã é uma fé histórica. Temos a impressão de que os jovens deixam a Igreja porque lhes parece não encontrar nela este Jesus; eles o procuram por toda parte e, conseqüentemente, são atraídos por qualquer seita religiosa que mais fale dele. A lista dos que ignoram a própria Igreja mas amam o seu Cristo é discretamente longa. Estes jovens, muitas vezes, protestam contra o Cristo comum, de reboco, que se encontra nas Igrejas, mas que não sente dor e não sofre.
3. O objetivo que a Igreja deveria procurar atingir não é o desprezo das tendências destas seitas religiosas, e sim formar um ministério cristão independente e aberto a todos os homens que procuram a Deus. Devemos fazer isso com espírito de abertura mental que supere todo paternalismo de compromisso, com um espírito que substitua a crítica que fazemos aos outros pela crítica feita a nós mesmos, aceitando ao mesmo tempo tudo o que é positivo.
Em resumo, devemos lembrar-nos de que tratamos com pessoas que crêem e não com pagãos. Por isso, não deve haver nenhum contraste fútil ou estéril que possa aparecer como superioridade do Cristianismo. Deveria ser um encontro genuíno e produtivo no qual estas buscas pudessem produzir o melhor e mais profundo resultado. Não deveria haver absolutismo arrogante que não aceita nenhum outro direito, nem ecletismo frágil que aceita um pouco de tudo, mas um universalismo inato católico, que proclama a catolicidade, não como exclusivismo, mas como unicidade.
4. Finalmente, é muito notada a falta de uma espiritualidade cristã para os jovens, profundamente enraizada na tradição da Igreja, que apresente uma visão cristã da vida, capaz de formar os jovens de hoje que vão crescendo em maturidade.
Mons. Deogratias H. Mbiku

segunda-feira, 16 de março de 2009

Com Jesus tudo se faz novo

Tudo se faz novo quando colocamos Jesus em primeiro lugar.
Iniciemos esta semana entregando a Deus todas as preocupações que estão sobre os nossos ombros e o peso que temos arrastado dos dias passados. Caminhemos com uma esperança alegre e renovada em nossos corações, porque Nosso Senhor Jesus Cristo está no meio de nós. Pode ter certeza de que aconteça o que acontecer, o Senhor está do nosso lado cuidando de todos os detalhes da nossa vida – dos mais simples aos mais complicados –, os quais, muitas vezes, nem nós mesmos nos apercebemos deles; ou quem sabe não sejamos capazes de cuidar deles. Tudo se faz novo, a cada dia da nossa vida, quando colocamos Jesus em primeiro lugar e damos a Ele a liberdade de agir na nossa vida, de acordo com a Sua vontade. De maneira muito concreta, entreguemos as rédeas da nossa vida e da nossa família nas mãos de Nosso Salvador e Mestre sem medo nem reservas. Submetamos todas as coisas, circunstâncias e pessoas aos cuidados d’Ele e tudo adquirirá um novo brilho e um novo sentido, porque: ”Porque o Senhor ama o seu povo, e dá aos humildes a honra da vitória” (Salmo 149, 4). Basta confiar n’Ele e se deixar amar e cuidar por Ele.


Jesus, eu confio em Vós!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Como barro nas mãos do oleiro

Deus sabe, melhor que nós mesmos, do que realmente precisamos e o que nos fará felizes. Ele nos convida ao abandono total em seus cuidados, os quais sempre nos proporcionam o melhor, mesmo quando não compreendemos.
Deus vê além, Ele contempla as surpresas que ao futuro pertencem e, na sua providência, cuida de nós moldando-nos como um Oleiro, ora retirando de nosso caminho o que nos será prejudicial ora acrescentado àquilo que nos falta.
O SAV vem convidar VOCÊ para fazer esta experiência: Ser barro e se deixar remodelar pelas mãos do oleiro que é Deus.
“A felicidade faz morada em nosso coração à medida que nos assumimos como aquilo que somos: “Barro, apenas barro, nas mãos do Oleiro!”

terça-feira, 10 de março de 2009

Vocação: Caminho de todos


Vocação sempre indica um chamado. E quem chama sempre deseja alguma coisa da pessoa a quem chama.
Deus não age de forma diferente. Só que Deus, ao chamar, antes de pedir, ele dá. Deus, chamando o homem, lhe dá a vida, a existência e com a vida, dá-lhe também a liberdade.
Deus não quer assim agir sozinho. Por isso, quando Deus chama, ele espera uma resposta; pois está confiando ao indivíduo uma missão. O chamado de Deus é sempre um desafio:
Ao sermos chamados à vida, nos é confiada uma determinada missão(vocação): A de sermos felizes com os outros e que assim todos possamos viver bem.
Ao sermos chamados à fé, pelo batismo, nós nos comprometemos a seguir os ensinamentos de Jesus Cristo e a colaborar com os homens na busca da verdade, do bem, vivendo como irmãos. É a vocação cristã.
Ao sermos chamados a um determinado estado de vida(sacerdotal, religiosa, matrimonial) assumimos um compromisso específico com a comunidade eclesial, de realizar sua missão de ajudar os demais homens a encontrarem a felicidade. A que Deus deseja para todos.
Para que isso aconteça, é indispensável que cada um faça desabrochar a vocação que está em seu interior (Mt 25,14-30 - Parábola dos talentos) e a faça desenvolver, fortificando-a com a palavra de Deus e com a oração.
As capacidades e dons que temos devem estar voltados para as necessidades dos outros. Quanto mais o homem está voltado para o outro, mais realizado e feliz será. O verdadeiro amor é o que busca a felicidade do outro e não a própria.
Podemos dizer, Vocação é a oferta divina que exige uma resposta e um compromisso com Deus. Nesta definição percebemos três aspectos:
- oferta (chamado) de Deus.
- resposta do homem.
- compromisso com Deus e com o irmão.
A resposta do homem deve ser constantemente reassumida. É no dia-a-dia que vai-se fazendo caminho e assumindo os riscos do SIM dado.
Vocação é descoberta do próprio ser pessoal. Todo homem é chamado a aperfeiçoar a bondade que existe, em germe, em seu interior, a descobrir a sua vocação, a construir um mundo fraterno onde haja sol e vida para todos.
Vocação é um convite pessoal, que Deus dirige a cada um. Cada ser humano tem algo de pessoal e uma maneira pessoal de realizá-lo. Ao descobrir sua vocação, o homem está descobrindo-se a si mesmo. Daí a necessidade de permanecer atento a tudo, para perceber a própria vocação.
Seguir uma vocação é buscar incansavelmente uma resposta aos próprios anseios. Todo homem é chamado a decidir-se, a assumir os valores descobertos em si e não poupar esforços para alcançar os objetivos propostos.
COMO SE MANIFESTA UMA VOCAÇÃO?
Os fatos falam para quem os sabe ouvir. Há indivíduos que passam ao longo da vida, não encontram motivações para viver. Isso porque ficam surdos à voz de Deus que fala no recolhimento da oração e também nos acontecimentos da vida. 'Deus fala continuamente, muitas vezes e de muitos modos'(Hb 1,1). É importante saber ler e interpretar tudo aquilo que se passa ao nosso redor, para descobrir o plano de Deus a nosso respeito. Realizar o plano de Deus é realizar a própria felicidade.
O QUE É SEGUIR UMA VOCAÇÃO?
Seguir uma vocação é viver a vida com intensidade. É responder aos apelos de Deus. É renovar, converter-se, ir além, superar-se constantemente.
Seguir uma vocação é dar grandeza ao coração. É vencer todas as resistências. É seguir o apelo divino que chama para uma missão, para um serviço.
Ao dizer SIM, a pessoa não está livre da angústia, da incerteza e da morte. O próprio Cristo disse Sim desde toda a eternidade à vontade do Pai e entretanto na cruz exclamou: 'Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?'
Vocação é ponto de partida. Descobri-la é uma das condições para alcançar o ponto de chegada. O importante é partir. (Sai da tua terra e vai, onde te mostrarei...).
VOCAÇÃO É UM ESTADO DE VIDA?
Todo homem é chamado a ser homem, realizar-se fazendo algo. Deus convoca, faz seus apelos ao homem a cada momento da vida. Vocação, portanto, é o eco de Deus a ressoar dentro da pessoa. Realiza-se a vocação dentro de um determinado estado de vida. Os mais conhecidos são: matrimônio, sacerdócio e vida religiosa.
Descobrir e assumir a vocação num determinado modo de vida é viver: descobrir a felicidade de servir. É no seu estado de vida que a pessoa realiza a missão insubstituível que Deus lhe confiou.
Toda vocação é o resultado comum de duas decisões livres:
- De Deus, escolhendo e chamando amorosamente o homem.
- Do homem respondendo livremente ao apelo divino.
A vocação vai despertando e se desenvolvendo lentamente e silenciosamente. Na entrega diária à vontade de Deus, descobre-se a verdadeira resposta. A decisão sempre deve ser pessoal e livre, sem interferência de ninguém.
Fonte: Coleção cadernos Vocacionais - Ed. Loyola.