sábado, 20 de junho de 2009

A alegria de ser padre


Ontem, dia 19 de junho, o Santo Padre proclamou oficialmente o "Ano Sacerdotal", por ocasião do 150° aniversário do dies natalis de João Maria Vianney, o Santo Patrono de todos os párocos do mundo. Todos devem cumprimentar o padre de sua paróquia, capela, comunidade e todos os sacerdotes que Deus colocou no caminho de sua vida. É o mínimo que podemos fazer em gratidão àqueles que o Senhor escolheu para serem nossos pais e pastores. A palavra “padre” quer dizer “pai”. Todo padre é pai. Deus, porém, me concedeu uma graça especial: os consagrados na nossa Comunidade Canção Nova me têm e me amam como um pai. Eu também os amo e os acolho como verdadeiro pai. Todos sabem que se trata de uma paternidade espiritual, mas muito concreta e real. É uma grande graça e uma imensa alegria. No caminho que venho percorrendo, Deus colocou inúmeros padres que marcaram minha vida. Alguns deles eram verdadeiros santos, que me foram modelo e impulso para eu caminhar rumo ao sacerdócio. Devo destacar especialmente o padre Geraldo Martinelli. Observando seu jeito de ser e de agir como sacerdote, quando eu era ainda tão menino e cursava o primário, me decidi: eu quero ser padre, mas do jeito do padre Martinelli. Com a graça de Deus, nesses quase 45 anos de sacerdócio posso dizer que nunca me arrependi, nunca pensei em voltar atrás. Sou feliz como padre, realizado e disposto a ser cada vez melhor. Digo a todos, mas especialmente aos jovens: ser padre é bom demais! Quando estava a um passo da ordenação sacerdotal, fui abraçar minha mãe e ela estava chorando. Então, perguntei: “Por que a senhora está chorando assim?” Ela me respondeu: “Você escolheu um caminho muito difícil, meu filho. Você vai sofrer muito. Mas, já que a escolha está feita, que Deus o abençoe”. Dei um abraço bastante apertado nela, enquanto me lembrava das palavras que Dom Bosco ouviu de sua própria mãe: “Começar a ser padre é começar a sofrer”. As duas mães tinham toda razão. É verdade que o sofrimento sempre fez parte e sei que continuará presente em minha vida sacerdotal. Mas, nada disso tirou nem irá tirar a felicidade e a realização de ser padre. Sou feliz, sem sombra de dúvidas. Muito feliz e cada vez mais realizado! Da minha parte, eu assumo e quero ser pai. Essa paternidade vem de Deus e eu quero que ela se concretize cada vez mais. É ou não é uma verdadeira realização? É raro imaginar uma fonte de alegria e de felicidade maior do que essa. Ser padre e ser pai é bom demais. Por isso, é preciso se alegrar e fazer festa. Muita festa.
Seu irmão, Monsenhor Jonas Abib

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