sábado, 25 de dezembro de 2010

Irmã Dulce será beatificada em 22 de maio em Salvador

Cerimônia vai ocorrer em Salvador, no Parque de Exposições.
Freira passará a ser chamada 'Bem-aventurada Dulce dos Pobres'.

A cerimônia de beatificação de Irmã Dulce foi marcada para o dia 22 de maio de 2011, em Salvador, de acordo com a arquidiocese da capital baiana. A missa na qual será realizado o rito de beatificação vai ocorrer no Parque de Exposição da cidade. O horário ainda não foi definido.

De acordo com a assessoria da arquidiocese, o Cardeal Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo, designou o padre Manoel Filho para coordenar o evento. Padre Manoel foi responsável pela organização da cerimônia de beatificação de Irmã Lindalva, religiosa que viveu na Bahia e foi beatificada em 2007.

O decreto que formaliza a condição de beata de Irmã Dulce foi assinado por Bento XVI em 10 de dezembro. A abertura do processo de beatificação de Irmã Dulce ocorreu em 17 de janeiro de 2000. No ano seguinte foi anunciado o milagre e, em 2002, o processo foi levado para análise do Vaticano.

Para que fosse considerada beata, uma vasta documentação foi encaminhada ao Vaticano, que fez o reconhecimento jurídico, em junho de 2003, sobre a veracidade do milagre atribuído a Irmã Dulce.

Em abril de 2009, a religiosa foi considerada venerável pela biografia. Isso, segundo a Igreja Católica, implica dizer que Irmã Dulce teve uma vida de santidade.

Beatificação

A concessão do título de beato ou bem-aventurado é o reconhecimento de uma vida cristã em grau heróico, segundo a Osid. Com a concessão, o papa passa a permitir à Irmã Dulce uma devoção pública limitada, com a inclusão de seu nome no calendário das festas litúrgicas da Igreja. A festa em devoção ao beato acontece ordinariamente no aniversário da sua morte, ocasião considerada como um nascimento para a vida eterna. Irmã Dulce morreu no dia 13 de março de 1992.

A beatificação é uma etapa no processo para a canonização. Para a canonização é necessária a aprovação de um milagre adicional atribuído à intercessão do beato. No momento da canonização, o papa declara que o beato está entre os santos do céu e inscreve o nome da pessoa na lista oficial dos Santos da Igreja.

Fonte: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/12/irma-dulce-sera-beatificada-em-22-de-maio-em-salvador.html

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Papai Noel e o Menino Jesus

O bom velhinho estava todo apressado em suas muitas atividades para o natal. Eram muitos pedidos de toda parte do mundo e por isso o trabalho se tornou intenso nos dias que antecedem a data mais esperada do ano. Alguns dos pedidos, dizia dos desejos de sempre, bicicleta, boneca, carrinho, casinha, nos mais minuciosos detalhes de acessórios, cores e tamanhos. Mas a maioria das crianças hoje pede mesmo é entretenimento tecnológico. Celulares, jogos eletrônicos, computadores, MP5, 6…

Das muitas cartas, Papai Noel ficou impressionado com a quantidade deste ano, de pedidos para paz no mundo, de amor para os lares, concórdia entre irmãos que a muito não se falam ou para que papai e mamãe não se separe. Notou, ele, como que a cada ano, aumenta essa carência das crianças.

Em cada correspondência, junto ao desejo do coração, as crianças pronunciavam-se comunicando os feitos, sacrifícios e renuncias, para que no final do ano fossem consideradas bem comportadas e então merecedoras e dignas de terem um natal realmente feliz, com o mérito do presente.

De repente em meio a tantos pedidos, surge uma cartinha que lhe chama muito a atenção. Ao invés da criança expressar seu sonho neste natal, pergunta ao Papai Noel:

“Meu bom e companheiro Papai Noel!

O que você desejaria receber neste natal?

Posso lhe enviar qualquer coisa que deseje, desde que não desconsidere minha correspondência e acredite em mim. Não porque Sou o Soberano e Rei do universo e tudo possuo, pois me foi dado pelo meu Pai, mas porque Meu coração está cheio de Bondade, e o que mais possuo é o Amor, e que desejo derramar a todos os homens.

As arvores cobertas de neve, as bolas coloridas, as múltiplas luzes, os lindos presentes, enfim, todos os enfeites natalinos, só tem, realmente um sentido, quando esse Amor está presente no coração de cada um. E este dom divino tem sido esquecido pelos homens.

Tudo é muito bonito nesta época do ano, porém, nem sempre os adornos refletem o coração das pessoas. Ficam atrelados em suas atividades durante todos os meses, e agora tudo é medido por resultados e merecimentos, assim, só consideram o natal feliz, se alcançaram ou foram considerados dignos de adquirir algo.

Eu nasci na rusticidade e pobreza dum cocho de animais, destituído de qualquer beleza, porém, meus pais me sorriam muito felizes e unidos também, pela transcendência desse Amor que Eu vim trazer ao mundo, e que eles experimentaram por primeiro. Não precisávamos de troca de presentes ou favores. A alma já estava satisfeita.

Ah, o único pedido que peço é este: Que acreditem no Amor e que não me esqueçam neste natal! Sou o aniversariante sim, mas não quero receber. Eu vim para dar a vida e não para ser servido, presenteado. Mais triste que não receber uma lembrança é oferecer algo e encontrar só indiferença. A salvação é gratuita.

Um Feliz Natal!

Com toda ternura do mundo.

Menino Jesus”

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Natal é tempo de oferecermos ao outro o que temos de melhor

Mas um ano termina, outro começa a chegar e com ele chegam também novos sonhos, planos, aspirações e desejos de fazer o mundo melhor. As ruas iluminadas, as casas decoradas, a troca de cartões e presentes nos contagiam. Há um clima diferente no ar que nos envolve e faz nosso lado melhor vir à tona. Gestos de ternura e perdão são espontâneos e votos de felicidades voam distâncias e cruzam mares para chegar aos corações.

Então é Natal! A esperança volta a brilhar nos horizontes, nos lares e na alma de cada um que se deixa contagiar pelo encanto desta época de paz, amor e luz. E é precisamente no contexto deste tempo que somos convidados a vivenciar o Mistério do nascimento de Cristo.

Acredito que quando celebramos o Natal algo diferente acontece dentro de nós e nos contagia, inclinando-nos à mudança, à simplicidade e à busca do essencial.

Lembro-me de que, quando eu era criança, gostava muito de ouvir as histórias a respeito do nascimento de Cristo. Depois das narrativas que sempre apresentavam diferentes versões, eu ficava tentando entender, com minha ingênua razão, por que Deus, sendo assim tão grande e podereso, foi nascer justamente em um lugar tão simples. Fui crescendo no conhecimento e encontrando respostas para a questão, mas a verdade é que elas não calam o meu coração. Não consigo ver o presépio apenas como decoração de Natal. Principalmente porque suas figuras nos falam e nos desafiam à construção de um mundo melhor.

No centro do presépio dois bracinhos de criança, que se abrem em nossa direção, cheios de ternura e de paz, nos ensinam que é abrindo os braços na direção do outro que construímos um feliz ano novo e uma feliz vida nova. Discreto e sereno lá está também José, figura tão importante no nascimento de Cristo. Homem simples, trabalhador, como tantos entre nós. Dedicação, pureza, humildade e obediência a Deus movem seu coração e conduzem suas atitudes. É com razão que padre Zezinho afirma, em uma das suas inúmeras canções, que "O mundo seria bem melhor se todo pai fosse José [...]". Ainda no presépio encontramos Maria refletindo a serenidade, a luz e a paz de que a humanidade tanto precisa. Sua ternura materna irradia e consola o coração de filhos aflitos que a contemplam, buscando aprender com ela o jeito de corresponder a Deus.

E quando vamos a caminho do presépio também nos deparamos com os Reis Magos. Eles também nos ensinam, pois envolvidos pelo encanto do Natal, trazem em suas mãos: ouro, incenso e mirra, ou seja, o que tinham de melhor para oferecer. Certamente é próprio do tempo natalino oferecermos ao outro aquilo que temos de melhor. Não falo de bens materiais, aliás, os presentes de Natal só têm sentido se simbolisam o amor que nos move a doá-los e nunca podem ocupar o centro das celebrações. Natal é tempo de oferecer o que temos de melhor sim, e o que temos de melhor habita dentro de nós, não se vende nem se compra, só pode ser oferecido. Procuremos, portanto, oferecer hoje nosso melhor sorriso, o abraço mais caloroso, a palavra mais afavel e amemo-nos uns aos outros sem esperar nada em troca.

É tempo de nos deixarmos envolver pela eterna simplicidade, alegria e pureza do presépio, expressas nos bracinhos abertos do Menino Jesus. Assim, verdadeiramente o Natal estará acontecendo em nossa vida e haverá paz na terra e em nossos corações!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A coroa do Advento e seu significado

Deus se faz presente na vida de todo ser humano e de todas as formas deixa-nos sentir Seu amor e desejo de nos salvar. A palavra ADVENTO é de origem latina e quer dizer CHEGADA. É o tempo em que os cristãos se preparam para a vinda de Jesus Cristo. O tempo do Advento abrange quatro semanas antes do Natal.

Atualmente há uma grande preocupação em reavivar este costume muito significativo e de grande ajuda para vivermos este tempo. A coroa ou a grinalda do Advento é o primeiro anúncio do Natal. É um círculo de folhagens verdes, sua forma simboliza a eternidade e sua cor representa a esperança e a vida. Vem entrelaçado por uma fita vermelha, símbolo tanto do amor de Deus por nós como também de nosso amor que aguarda com ansiedade o nascimento do Filho de Deus.

No centro do círculo se colocam as quatro velas para se acender uma a cada domingo do Advento. A luz das velas simboliza a nossa fé e nos leva à oração, e simbolizam as quatro manifestações de Cristo:

1° Encarnação, Jesus Histórico;
2° Jesus nos pobres e necessitados;
3° Jesus nos Sacramentos;
4° Parusia: Segunda vinda de Jesus.

No Natal se pode adicionar uma quinta vela branca, até o término do tempo natalino e, se quisermos, podemos pôr a imagem do Menino Jesus junto à coroa: temos que nos atentar, porém, que o Natal é mais importante do que a espera do Advento.

Essa coroa é originária dos países nórdicos (países escandinavos, Alemanha), a qual contém raízes simbólicas universais: a luz como salvação, o verde como vida e o formato redondo como eternidade.

Simbolismos estes que se tornaram muito adequados ao mistério natalino cristão, e que por isso, adentraram facilmente nos países sulinos. Visto que se converteram rapidamente em mais um elemento de pedagogia cristã para expressarmos a espera de Jesus como Luz e Vida, em conjunto com outros símbolos, certamente mais importantes, como são as leituras bíblicas, os textos de oração e o repertório de cantos.

O comércio e o sistema deste mundo fazem questão de esquecer o verdadeiro sentido do Natal e nós podemos cair nessa, mas é possível dar presente e celebrar o verdadeiro sentido: O Menino Jesus é o nosso grande presente!

Sugestão: você pode fazer uma coroa do Advento em sua casa e celebrar com sua família à luz da nossa fé a chegada de Jesus Cristo nosso Salvador. E a cada domingo ir acendendo as velas, convidando seus familiares para rezar.

Oração: Senhor Jesus, celebrar o teu Natal é fazer da minha vida, da minha casa, um lugar de eternidade e salvação. Que a Tua luz brilhe em cada coração. Acendendo cada vela desta coroa do Advento queremos acender a esperança, o amor, a fraternidade e a Salvação que é o grande presente que queremos dar a todos que amamos por intermédio do Menino Jesus, que vai nascer em nossa família.

Como você se prepara para celebrar esta grande festa do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo? Clique em comentários e diga como você vive este tempo litúrgico? Natal feliz é Natal com Cristo!

Equilibrar a sexualidade

É muito difícil nos dias de hoje não ser tentado na sexualidade. Por onde passamos nos deparamos com estímulos. As pessoas aprendem desde a adolescência, ou até antes, que a sensualidade traz status de poder, de auto-estima, então, tornam-se sedutoras, provocativas. E alguns realmente se entregam a esses apelos, vivendo a impureza.

Quando nos voltamos para Deus, ouvimos dizer que a castidade é o método de purificar todas essas sujeiras que jogaram em nós.

Mas corremos o risco de viver um puritanismo e não trabalharmos corretamente a sexualidade como dom concedido por Deus e apreciar a sua real beleza.

Existe diferença entre Castidade e Continência.

Castidade considera o fato de sermos sexuados e eleva a sexualidade ao seu verdadeiro propósito, sem querer arrancá-la de nós: “A castidade comporta uma aprendizagem do domínio de si que é uma pedagogia da liberdade humana. A alternativa é clara: ou o homem comanda suas paixões e obtém a paz, ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz. A dignidade do homem exige que ele possa agir de acordo com uma opção consciente e livre, isto é, movido e levado por convicção pessoal e não por força de impulso interno cego ou debaixo de mera coação externa. O homem consegue esta dignidade quando, libertado de todo cativeiro das paixões, caminha para o seu fim pela escolha livre do bem e procura eficazmente os meios aptos com diligente aplicação.”(cf. Catecismo da Igreja Católica – art. nº 2339).

Castidade é o propósito que adestra os estímulos corpóreos do homem, canalizando para suas verdadeiras potencialidades. Não é uma opção alienante, não faz fugir da realidade, não frustra, mas tranquiliza, não enfraquece nem diminui o desejo, mas põe ordem, fortalece, dá auto domínio, auto controle, auto estima.

Continência é abstenção (cf. www.dicionarioweb.com.br). É o puritanismo. Extrai algo e não devolve outra opção. Na área da sexualidade, a continência fará com que a pessoa lute contra seus impulsos, mas, sem direcioná-los para o lugar certo. A continência por si só, gera ansiedade, pois o desejo ainda existirá na forma antiga e quando a pessoa se deparar novamente com o estimulo, aumentará a tensão até que não resista. E ao não resistir, fabricará dentro de si o sentimento de culpa, pelo orgulho de não reconhecer sua fraqueza mediante aquilo que é lei de Deus.

É muito importante conhecer a diferença entre Castidade e Continência, e claro, trabalhar no nosso interior. Tanto que, sabemos, mesmo aqueles que contraíram o sacramento do matrimônio, e que lhes é permitido a relação sexual, quando não orientam bem sua sexualidade, podem voltar a vícios como masturbação, buscar novas aventuras ou estímulos via internet e etc.

Enquanto a pessoa que harmoniza seus instintos é alguém mais calmo, tranqüilo, alguém que sabe se relacionar em todas as circunstancias, mesmo as mais adversas.

Nunca se viu na história de todos os tempos, um personagem que foi feliz, quando este agiu impulsionado em grande parte pelas suas paixões. Ao contrário, paixões geraram guerras, vinganças, ódio e sentimentos inversos ao amor. “afastai-vos das paixões humanas, que fazem guerra a vós mesmos.” (cf. Tg 4, 1)

Paixões humanas acendem conflitos interiores contra as inclinações que temos de coisas nobres e de vida eterna.

A castidade é a base sólida para conseguir a tempera de que precisamos para chegar onde se deseja.

Um vencedor, necessita de bons princípios, regularidade, constância e fé, acreditar que é possível. Caso contrário ele(a) distrair-se-a na primeira tentação que estiver a beira do caminho, motivado pelos instintos e ficará por ali mesmo.

Só um coração em Deus é capaz de ter essa clareza, que é possível realizar-se a partir do que é justo, verdadeiro.

Castidade nos condiciona a sermos impulsionados pela alma e abre a visão para a eternidade.

Deus abençõe!