A palavra vocação origina-se dos termos latinos vocare e vocatio, que significam, respectivamente, chamar e chamado. No sentido bíblico, a vocação é o chamado que o próprio Deus dirige pessoalmente a alguém, concedendo-lhe o dom da vida e confiando-lhe alguma missão específica, cujos frutos beneficiarão também outras pessoas. Assim, o primeiro chamado divino encontra-se no livro do Gênesis, na narrativa da criação do mundo, quando Deus cria a pessoa humana à sua própria imagem e semelhança (Gn 1,26). Deus não apenas nos concede o dom da existência, mas chama-nos a mais profunda comunhão consigo mesmo. Ao nos criar, Deus estabelece conosco um diálogo pessoal e nos revela o mistério de seu próprio ser e de sua vontade divina. Portanto, o sentido último da vida humana consiste em conhecer Deus com nossa inteligência, amá-lo com nossa vontade e servi-lo com os dons que recebemos de sua infinita bondade. Pensar na existência humana como vocação divina significa reconhecer a vida de cada pessoa como um dom do amor de Deus. Cada pessoa humana é chamada à existência por Deus, para permanecer sempre unida ao seu Criador e refletir algo da perfeição e beleza divina.
Esta perfeita comunhão com Deus só é possível quando ele próprio vem a nós, entra em nossa história e participa de nossa vida humana. Esta é a verdade central de nossa fé cristã, proclamada no Evangelho: “Deus amou tanto o mundo que enviou seu próprio Filho, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Em Jesus Cristo, abre-se para cada pessoa o caminho que lhe possibilita chegar à mais profunda união com Deus, vivendo, assim, a plenitude de sua vocação humana. Jesus mesmo é para nós “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). Isto significa que seguindo Jesus Cristo pela vivência de sua palavra, que é para nós a plena verdade, beberemos na fonte mesma da vida: Deus. O mesmo Deus que nos chamou à existência, nos chama também ao seguimento de seu Filho. Este é o convite que ressoa nas próprias palavras de Jesus: “Segue-me” (Mc 1,17); “quem quiser ser meu discípulo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). Esta é nossa vocação cristã, que em nada contradiz nossa vocação humana. O dom da vida se aperfeiçoa na graça da vida eterna. A imagem divina que recebemos no princípio da criação alcança sua plenitude ao nos tornarmos semelhantes a Jesus Cristo, imagem perfeita do Pai. De criaturas amadas de Deus, somos elevados à condição de filhos de Deus, remidos por Cristo. Enfim, recordando uma afirmação dos primeiros autores cristãos, podemos dizer que o Filho eterno de Deus assumiu nossa condição humana, a fim de nos tornar participantes de sua condição divina.
Esta nossa identificação com Jesus Cristo é um processo que se inicia com a fé e o batismo. Pela fé aceitamos a pessoa de Jesus Cristo como nosso único salvador e acolhemos o dom de sua palavra redentora. Pelo batismo, sacramento da fé, morremos para o pecado e ressuscitamos para a vida nova dos filhos de Deus (Rm 6,3-4). Esta graça batismal nos é concedida pelo dom do Espírito Santo que, unindo-nos a Jesus Cristo, faz de nós novas criaturas. Este é o ensinamento de São Paulo, quando afirma: “A prova de sois filhos é que Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, pelo qual clamamos Abba, Pai” (Rm 8,14-15; Gl 4,4-7). Isto significa que nossa vocação cristã lança suas raízes em nossa consagração batismal. Toda a vida cristã consiste na vivência da graça de Deus recebida no batismo. A filiação divina é a condição comum de todo batizado, é a dignidade única da qual participam todos os cristãos, independentemente de sua condição social, de sua tradição cultural, ou mesmo das vocações específicas que vivem na Igreja e na sociedade.
Esta perfeita comunhão com Deus só é possível quando ele próprio vem a nós, entra em nossa história e participa de nossa vida humana. Esta é a verdade central de nossa fé cristã, proclamada no Evangelho: “Deus amou tanto o mundo que enviou seu próprio Filho, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Em Jesus Cristo, abre-se para cada pessoa o caminho que lhe possibilita chegar à mais profunda união com Deus, vivendo, assim, a plenitude de sua vocação humana. Jesus mesmo é para nós “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). Isto significa que seguindo Jesus Cristo pela vivência de sua palavra, que é para nós a plena verdade, beberemos na fonte mesma da vida: Deus. O mesmo Deus que nos chamou à existência, nos chama também ao seguimento de seu Filho. Este é o convite que ressoa nas próprias palavras de Jesus: “Segue-me” (Mc 1,17); “quem quiser ser meu discípulo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). Esta é nossa vocação cristã, que em nada contradiz nossa vocação humana. O dom da vida se aperfeiçoa na graça da vida eterna. A imagem divina que recebemos no princípio da criação alcança sua plenitude ao nos tornarmos semelhantes a Jesus Cristo, imagem perfeita do Pai. De criaturas amadas de Deus, somos elevados à condição de filhos de Deus, remidos por Cristo. Enfim, recordando uma afirmação dos primeiros autores cristãos, podemos dizer que o Filho eterno de Deus assumiu nossa condição humana, a fim de nos tornar participantes de sua condição divina.
Esta nossa identificação com Jesus Cristo é um processo que se inicia com a fé e o batismo. Pela fé aceitamos a pessoa de Jesus Cristo como nosso único salvador e acolhemos o dom de sua palavra redentora. Pelo batismo, sacramento da fé, morremos para o pecado e ressuscitamos para a vida nova dos filhos de Deus (Rm 6,3-4). Esta graça batismal nos é concedida pelo dom do Espírito Santo que, unindo-nos a Jesus Cristo, faz de nós novas criaturas. Este é o ensinamento de São Paulo, quando afirma: “A prova de sois filhos é que Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, pelo qual clamamos Abba, Pai” (Rm 8,14-15; Gl 4,4-7). Isto significa que nossa vocação cristã lança suas raízes em nossa consagração batismal. Toda a vida cristã consiste na vivência da graça de Deus recebida no batismo. A filiação divina é a condição comum de todo batizado, é a dignidade única da qual participam todos os cristãos, independentemente de sua condição social, de sua tradição cultural, ou mesmo das vocações específicas que vivem na Igreja e na sociedade.
Dom Cláudio da Silva Corrêa, OSB
Mosteiro de São Bento, São Paulo
Mosteiro de São Bento, São Paulo
olá amigos gostei muito do trabalho de vcs.Parabéns.Já trabalhei na pastoral vocacional de nossa diocese,foi muito proveitoso,com a Graça de Deus.Um abraço a todos.Padre Arnoldo de Alfenas.Mg
ResponderExcluirebaaaaaaaaaa
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