sexta-feira, 29 de outubro de 2010

MORADORES DE BAEPENDI PARTICIPAM DE PESQUISA DO INSTITUTO DO CORAÇÃO


Iniciado em dezembro de 2005, o projeto Corações de Baependi entra agora em sua segunda fase. Promovido pelo Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular Instituto do Coração (InCor) / HC. FMUSP o projeto visa determinar a importância genética na transmissão de fatores de risco cardiovasculares (hipertensão arterial, hipercolesterolemia e diabetes) dentro de núcleos familiares em uma população brasileira. A cidade de Baependi, no sul de Minas, foi escolhida para a pesquisa depois que uma médica, nascida e criada na cidade, teve a iniciativa de indicar o município para ser sede desse grande estudo.
Nesta segunda etapa, que terá inicio em novembro de 2010, o objetivo é determinar como os fatores genéticos poderiam estar implicados na alta prevalência das doenças cardíacas e dos seus respectivos fatores de risco como hipertensão, diabetes e hipercolesterolemia. Além disso, de forma inédita, o trabalho irá determinar a forma com que os fatores genéticos podem influenciar nos distúrbios do sono (síndrome da apnéa obstrutiva do sono).
Cabe ressaltar que só poderão participar do estudo os indivíduos que participaram da 1° etapa com adição das pessoas maiores de 18 anos que pertencem às famílias sorteadas e que por eventualidades não puderam participar da etapa anterior.
Segundo os pesquisadores, o novo estudo pode auxiliar no tratamento e prevenção das doenças cardíacas e seus respectivos fatores de risco em um futuro próximo. Além disso, será uma oportunidade interessante para que os participantes do projeto possam realizar exames cardíacos sofisticados a custo zero. Cerca de 1800 pessoas serão recrutadas e informadas sobre a participação no estudo. A convocação dos participantes será realizada pela equipe de saúde do PSF. Os horários, datas e locais dos exames serão informados pelos agentes do PSF no momento da convocação.
Há quatro anos participaram do estudo aproximadamente 1700 pessoas distribuídas dentro de 124 famílias. Sua estruturação foi tão ousada e bem sucedida, que até hoje o presente projeto é considerado o maior e mais importante estudo relacionando genética de famílias e doenças cardiovasculares do Brasil. Além disso, a 1° etapa desse projeto já gerou três trabalhos publicados em revistas internacionais conceituadas, contribuindo assim para a divulgação da cidade (Baependi) no cenário internacional.

Mais informações:
Rafael Alvim
Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular
Instituto do Coração (InCor) / HC.FMUSP
Tel: (35) 8837-0036

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dizer não é também amar

Amar não é e nunca será tarefa fácil, exige de nós empenho e decisão. O amor sincero comporta o sofrimento e a doação em favor do outro. Pelo bem do outro, inúmeras vezes, enfrentamos dificuldades que nos causam dor e pesar.

Existem situações nas quais temos de desagradar a quem amamos em virtude de seu próprio bem. Tais decisões são difíceis e doem mais em nós do que naqueles que são objetos de nossa repreensão. Porém, é importante salientar que corresponder sempre e irrefletidamente aos desejos de quem se ama pode se tornar algo negativo, que tende a deformar e não formar. Dentro dessa perspectiva, afirmo que: “Dizer ‘não’ também é uma forma de amar”.

Limites são necessários para qualquer ser humano, pois, por meio deles, alcançamos equilíbrio e maturidade. Pais que não impõem limites aos filhos acabam criando pequenos reis e rainhas e, conseqüentemente, tornando-se seus súditos.

Somente quem já recebeu um “não” na vida consegue compreender a especificidade da palavra humildade. Somente aqueles que não foram correspondidos no que queriam, em algum momento de sua história, sabem compreender que sua vontade não é absoluta e que nem sempre estão certos.

É no “não” e no “sim”, no equilíbrio das possibilidades, que se forma uma pessoa, é assim que o orgulho se ausenta e o ser humano consegue entender que os outros também são bons.

Nem tudo o que queremos é o melhor para nós, porém, nem sempre conseguimos enxergar assim. É aí que descobrimos quem nos ama, pois os que sinceramente se interessam por nós não têm medo de nos dizer a verdade e de nos corrigir quando necessário.

Não é fácil corrigir e dizer 'não'; seria mais fácil e conveniente dizer sempre 'sim' e estar sempre sorrindo, pois quem diz 'não' se expõe e, muitas vezes, atrai sobre si a ira do outro. Quem corrige, mesmo querendo o bem do outro, corre o risco de ser mal interpretado, contudo, demonstra um grande amor e cuidado com o outro.

Só quem nos ama nos diz 'não'. Só quem se interessa por nós tem a sensibilidade de cuidar de nós, através da poda.

Precisamos ter sensibilidade para detectar e aceitar o amor que se manifesta em uma multiplicidade de formas e que nos encontra também naquilo que tanto nos desagrada.

Se enxergarmos assim, sentiremo-nos mais amados e cuidados, evitaremos muitas contrariedades, além de descobrirmos belezas antes não contempladas. Faça essa experiência!

Adriano Zandoná

terça-feira, 26 de outubro de 2010

São Frei Galvão, rogai por nós!

Bento XVI em nosso país, quando veio declarar digno dos altares, a imagem do primeiro santo brasileiro, São Frei Galvão.

Todo título dado pela Igreja nesta terra a uma alma que alcançou a perfeição e está diante de Deus, vem dos seus feitos terrenos. Os santos são nossos auxiliadores, padroeiros de profissão ou atividades, intercessores de causas nas quais eles também vivenciaram.

Celebrar a santidade de Frei Galvão, é reconhecer o que ele tão bem fez aqui neste mundo.

Arquiteto, Engenheiro, Construtor, religioso, homem de boa oratória, Antônio Sant´Anna Galvão ficou conhecido por todos esses atributos, porém o que mais lhe rendeu cair nas graças do povo, foi a divina inspiração de proporcionar a cura dos doentes através das pilulas, que conhecemos até hoje.

A prova de que sua missão e feitos continuam tão eficazes, mesmo após sua morte, é que tais pílulas foram objeto de minucioso estudo pelo Vaticano. Examinaram-se os casos de pessoas que alcançaram verdadeiros milagres, através delas. A Igreja só pode considerar intervenção divina, quando esgotam-se as possibilidades cientificas. Somente quando a situação em pauta é tida como impossível a medicina ou a qualquer outra ciência é que atribui-se a intercessão de um santo.

O que São Frei Galvão nos deixou foi seu testemunho, seu serviço, mas acima de tudo uma presença amiga ao povo brasileiro, que ainda hoje é viva e real.

Que esse nosso companheiro celeste continue intercedendo pela sua gente, para que o maior país católico do mundo, a partir da herança que dele recebemos, inaugure um novo tempo, e que muitos santos sejam gerados no ventre da nossa terra.

São Frei Galvão, rogai por nós.

Sandro Ap. Arquejada

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Vencer os medos

O medo é uma das principais emoções que regem a vida do ser humano. (cf. Catecismo da Igreja Católica nº 1772). É um mecanismo psíquico que serve para nos alertar de algo que atenta contra nossas emoções ou a integridade física.
Existe o chamado estado ou síndrome de pânico, que é o pavor nas suas mais altas instancias. Neste caso, para sanar a síndrome de pânico é preciso tratamento médico.
Porém, o que mais percebemos entre os seres humanos é o medo na forma de zonas de tensão, caracterizado por certo receio que paralisa a pessoa mediante situações que possibilitem o fracasso, a exposição ou que possam ferir os sentimentos. Esse tipo de temor engessa a pessoa no exercício de sua liberdade e na sua capacidade de amar. Por medo, muitas vezes prolongamos situações desconfortáveis e dolorosas, agimos por coação, ocultamos a verdade por receio de reação do outro, não queremos desagradar ou perder.

Para vencer os medos a única saída é enfrentá-los, pois, o objeto causador pode ser externo, mas o temor sempre será uma emoção, portanto, estará dentro da pessoa, e só ela pode decidir por si mesma e adentrar nos lugares sombrios do seu coração. Segundo o psicoterapeuta Augusto Cury, o segredo para se vencer o medo, até mesmo o pânico, está em: enfrentar os focos de tensão, desafiar o medo e reedita-lo na mente. (O mestre do amor, Ed. Academia de Inteligência-2002, pg. 43).
Quando enfrentamos aquilo que nos diminui, geralmente descobrimos que o monstro é muito menor do que imaginávamos.
Os traumas e as situações novas que remetem ao medo são oportunidades de crescimento. É necessário encará-las, agora munido da decisão de vencer, com o conhecimento de causa do tempo presente (que trouxe a experiência de quem você é e do mundo ao seu redor), e principalmente, com o Cristo Jesus que te ama e te faz vencedor. Jesus ensinou os apóstolos a enfrentar seus medos, transformando homens temerosos da Galiléia (até tinham medo de fazer perguntas, cf. Mc 9, 32) em destemidos propagadores do Evangelho, privilegiando três formas:

Ser ousado: “Jesus chama Pedro para andar sobre as águas” (cf. Mt 14,29). Entre no terreno desconhecido, busque a motivação de ir um pouco mais além.

Permitir o insucesso, o fracasso: “o jovem rico foi embora e não seguiu Jesus” (cf. Mt 19,22) Se algo não der certo, você pode continuar, buscando novas possibilidades, saberá quais outros caminhos tentar. O erro também faz parte do processo de aprendizado.
Também permita o erro dos outros: “os apóstolos voltaram a pescar após a ressurreição de Jesus” (cf. Jo 21,6), não condene o culpado, mesmo que lhe cause algum prejuízo, veja como investimento na pessoa. É melhor ter ao lado pessoas experimentadas do que meros coadjuvantes.
Acreditar em sua intuição: “Jesus estimulava a intuição dos seus apóstolos dirigindo-lhes perguntas ‘E vós quem dizeis que eu sou?, ’” (cf. . Mt 16,15). Métodos e teorias existem porque alguém antes pressentiu e foi buscar provas. Siga a voz do coração! Deus se comunica com nós também pela forma de inspiração.

As palavras registradas nos Evangelhos são eternas e atuais, para homens do tempo de Jesus e os de hoje. E Nosso Senhor Jesus Cristo sempre dizia: “Não tenhais medo” (cf.). Mt 8,26; 14,27; Lc 12, 4; Jo 20,19 “Coragem” (cf. Mt 9,2; Mc 10,49; Jo 16, 33). Essas são Palavras para cada um de nós também.

Deus te abençoe!
Sandro Ap. Arquejada

Revestir-se com as Armas de Deus

Assim, pois, como Cristo padeceu na carne, armai-vos também vós deste mesmo pensamento: quem padeceu na carne rompeu com o pecado(cf. I Pd 4,1).

Gosto muito desse versículo, tanto pelo seu conteúdo, que nos recorda, que Cristo padeceu por nós e que devemos aderir a ele rescindindo com o pecado, mas também porque ele traz uma técnica muito importante para nossa conversão. No centro de tudo está o pedido de uma atitude nossa: armai-vos deste mesmo pensamento”.

Armar significa não somente dotar de armas, mas antes de tudo, guarnecer de qualquer coisa para dar resistência e segurança, fortificar, prevenir.

Então, “armar o pensamento” é fortalecer a mente, o espírito e os sentimentos, para não sucumbir diante das situações de provação.

A experiência da efusão do Espírito Santo provoca em nós uma mudança interior através do conhecimento da paixão do Cristo e do seu amor por nós, e isso gera uma aversão ao pecado. Porém, somos seres carnais, no qual ainda estaremos sofrendo as tendências da carne. Por isso, não podemos recorrer ao Espírito em atitude de espera que Ele provoque em nós uma força que anule nossa humanidade, trazendo inercia diante da tentação. Deus não moverá o céu para mudar nosso temperamento e nossos sentimentos.

Para romper com o pecado, é preciso que juntamente com a força do alto, conheçamos nossas fraquezas, onde somos mais vulneráveis, e que a partir daí, “armemos nossos pensamentos” em atitude de luta, de combate, contra o que nos afasta de Deus.

Arme seus pensamentos, sabendo que vai deparar-se com situações e pessoas que podem provocar a ocasião de queda, então vá, de ante-mão, antecipando e meditando como reagir melhor.

Se você pede que o Céu te conceda alguma virtude, saiba que o Senhor está lhe atendendo também em situações que contrariam seus limites. Exemplo: Quem pede a paciência deverá prevenir-se em situações que irão lhe tirar a paciência e buscar gerar dentro de si a calma necessária. Quem tem dificuldade com outra pessoa, vá estudando o que pode fazer de bom pelo outro e atenuar ou mesmo acabar com as diferenças. Aquele que sofre por sua maledicência, saia de casa tentando se conter em suas conversas.

Toda a oração de Ef 6,10, traz a figura de um guerreiro que arma-se para as contrariedades oferecidas por Satanás.

Isso tudo é um processo, ninguém nesta vida já está pronto, tudo se dará a partir da decisão de hoje, colocar em prática.

O Espírito Santo de Deus pode fazer tudo em nós, mas não atua sem a nossa permissão. Armar o pensamento é assumir a nossa parte, mas abrindo as portas para que esse Espírito faça também o que lhe cabe.

Que Deus abençoe suas lutas.

Sandro Ap. Arquejada sandroarq@geracaophn.com

Fonte: http://blog.cancaonova.com/sandro/2010/10/18/revestir-se-com-as-armas-de-deus/

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Salário: como utilizar bem dessa providência

O salário que recebemos é uma das fontes da ação da Divina Providência em nossa vida. O que quero dizer é que Deus nos dá a graça de um trabalho como garantia da sobrevivência familiar. Por isso, é necessário aprender a usar o dinheiro que ganhamos com o suor do nosso trabalho da melhor forma possível.

O orçamento familiar não é apenas “anotar despesas realizadas”: é algo que envolve planejar, eleger prioridades e controlar o fluxo de caixa. Além disso, é uma ferramenta que ajuda a entender nossos hábitos de consumo. É uma oportunidade para a família refletir sobre os projetos de vida e objetivos comuns, a fim de que todos caminhem numa única direção, possibilitando o crescimento da unidade familiar.

É também um instrumento para aprendermos a esperar e a escolher o melhor; não de forma individual, mas coletiva, levando-nos a pensar e a buscar o melhor para toda a família. Logo, controle financeiro não é algo que apenas as famílias de classe alta precisam fazer. Essa não é uma tarefa fácil, mas não é impossível. Entretanto, exige disciplina e muita disposição para fazer eventuais ajustes, além de caderno, lápis e calculadora.

Precisamos compreender que todas as nossas escolhas – desde as menores até as maiores – decidem não só quais serão as nossas ações, mas, sobretudo, quem estamos sendo. E essa é uma questão fundamental. A mídia promove os produtos e muitos se deixam levar por ela, exagerando nos gastos. Além da mídia, um ponto perigoso é o desejo de status, ou seja, o desejo de imitar os outros, de ter o mesmo que os outros. Também existem aqueles que gastam muito por fuga ou por compensação, ou seja, por questões psicológicas. E outros ainda que querem oferecer aos filhos tudo que não tiveram na infância...

Em todos esses casos, sem disciplina, não há renda que suporte. Portanto, o primeiro passo é cada um identificar se faz compras por necessidade ou por compulsão. Entre os “sintomas” da compulsividade está a falta de organização, isto é, dificilmente você anota o que gasta com seus compromissos.

Precisamos entender que o desejo incontrolável de gastar pode ser uma doença, que pode ser superada com tratamento psicológico e medicação. Mas é fundamental que a pessoa reconheça que está enferma e precisa de ajuda.

A chave do sucesso do seu planejamento reside na sua capacidade de criar uma estrutura sustentável que equilibre receitas e despesas e permita que você administre o inesperado e poupe.

Fazer orçamento familiar é uma questão de sobrevivência. Por isso, precisamos saber elaborá-lo.

Artigo extraído do livro "Dinheiro à luz da fé". Ouça comentário do autor.