O carnaval se aproxima. Um feriado prolongado e famoso no Brasil. No exterior muitos, infelizmente, reconhecem nosso país apenas a partir do futebol e do carnaval, identificando-nos somente com o chavão: futebol e samba.
Por conta disso, muitos de nós acabamos acreditando que o carnaval é uma invenção brasileira e que se resume ao que realizamos nessa época no nosso país. Isso é um engano! Porque o carnaval não é criação moderna e brasileira. Trata-se de um evento antigo e que apresenta variações em diferentes épocas e povos, inclusive em utilidade.
Utilidade? Como assim?
Isso mesmo! A maior festa popular brasileira possui outras funções, diferentes do evento social como o conhecemos. Exemplo disso é a literatura que possui um recurso chamado "carnavalização". São várias as características que nos permitem identificá-la [carnavalização] num determinado texto.
Mas quero tratar de uma em especial, porque ela está bem ligada ao que, claramente, vemos nos dias de carnaval, e além disso, ao ser usada na literatura, ela diz muito das características e dos desejos humanos – trata-se da inversão através de polos opostos.
Esse recurso é simples e algo comum na literatura e seu princípio vem do que ocorre nesses dias carnavalescos: o pobre se veste de rei; o rico se veste de mendigo; o cidadão comum se veste de artista; o famoso quer se vestir de cidadão comum...
Segundo a teoria da literatura a carnavalização acontece por um desejo de ruptura da rotina cotidiana. Um desejo de ser, pelo menos por alguns instantes (ou por alguns dias – os dias dessa festa), algo diferente do que se é o ano inteiro. E esse desejo de mudança pode, sem dúvida, nos indicar um anseio de mudança mais profunda, inerente a qualquer ser humano em alguma fase da vida.
Quantas pessoas esperam ansiosamente esse período do ano para essa mudança. Muitos vivem em função dessa espera e passam o ano todo preparando suas fantasias. E se pensarmos bem, em maiores ou menores proporções, todos nós desejamos, em determinados momentos, alguma mudança na vida.
Que esse período de carnaval seja o que a nossa opção nos disser: ser formos a alguma festa, que nos divirtamos sadiamente; se formos para um retiro, que rezemos; se formos para um recanto, que descansemos... Mas que em qualquer desses ambientes façamos uma profunda reflexão. Aproveitemos porque estaremos, de um jeito ou de outro, rodeados dessa inversão e pensemos em quais situações buscamos essa carnavalização em nossa vida.
E a partir das conclusões que tirarmos não esperemos mais momentos passageiros, como o carnaval, para fugir da realidade. Mas que possamos nos propor a mudar verdadeiramente as estruturas da rotina. Que não usemos apenas fantasias. Que não desejemos ser outra pessoa durante escassos momentos. Mas que sejamos verdadeiramente pessoas novas.
Como fazer essa mudança? Como ser uma pessoa verdadeiramente nova? A receita quem nos indica é alguém que conhecia bem festas, como o carnaval, e também conhecia as teorias literárias de seu tempo – o apóstolo Paulo. É ele quem nos afirma:
Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo! (II Cor 5,17)
Denis Duarte
Por conta disso, muitos de nós acabamos acreditando que o carnaval é uma invenção brasileira e que se resume ao que realizamos nessa época no nosso país. Isso é um engano! Porque o carnaval não é criação moderna e brasileira. Trata-se de um evento antigo e que apresenta variações em diferentes épocas e povos, inclusive em utilidade.
Utilidade? Como assim?
Isso mesmo! A maior festa popular brasileira possui outras funções, diferentes do evento social como o conhecemos. Exemplo disso é a literatura que possui um recurso chamado "carnavalização". São várias as características que nos permitem identificá-la [carnavalização] num determinado texto.
Mas quero tratar de uma em especial, porque ela está bem ligada ao que, claramente, vemos nos dias de carnaval, e além disso, ao ser usada na literatura, ela diz muito das características e dos desejos humanos – trata-se da inversão através de polos opostos.
Esse recurso é simples e algo comum na literatura e seu princípio vem do que ocorre nesses dias carnavalescos: o pobre se veste de rei; o rico se veste de mendigo; o cidadão comum se veste de artista; o famoso quer se vestir de cidadão comum...
Segundo a teoria da literatura a carnavalização acontece por um desejo de ruptura da rotina cotidiana. Um desejo de ser, pelo menos por alguns instantes (ou por alguns dias – os dias dessa festa), algo diferente do que se é o ano inteiro. E esse desejo de mudança pode, sem dúvida, nos indicar um anseio de mudança mais profunda, inerente a qualquer ser humano em alguma fase da vida.
Quantas pessoas esperam ansiosamente esse período do ano para essa mudança. Muitos vivem em função dessa espera e passam o ano todo preparando suas fantasias. E se pensarmos bem, em maiores ou menores proporções, todos nós desejamos, em determinados momentos, alguma mudança na vida.
Que esse período de carnaval seja o que a nossa opção nos disser: ser formos a alguma festa, que nos divirtamos sadiamente; se formos para um retiro, que rezemos; se formos para um recanto, que descansemos... Mas que em qualquer desses ambientes façamos uma profunda reflexão. Aproveitemos porque estaremos, de um jeito ou de outro, rodeados dessa inversão e pensemos em quais situações buscamos essa carnavalização em nossa vida.
E a partir das conclusões que tirarmos não esperemos mais momentos passageiros, como o carnaval, para fugir da realidade. Mas que possamos nos propor a mudar verdadeiramente as estruturas da rotina. Que não usemos apenas fantasias. Que não desejemos ser outra pessoa durante escassos momentos. Mas que sejamos verdadeiramente pessoas novas.
Como fazer essa mudança? Como ser uma pessoa verdadeiramente nova? A receita quem nos indica é alguém que conhecia bem festas, como o carnaval, e também conhecia as teorias literárias de seu tempo – o apóstolo Paulo. É ele quem nos afirma:
Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo! (II Cor 5,17)
Denis Duarte
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