A ética do sacramento do matrimônio se fundamenta na lei do amor. Os cônjuges se casam para se dar um ao outro, para exercer a lei do amor incutida no coração de cada pessoa humana por Deus. Se o amor é o princípio de tudo, no relacionamento conjugal isso é plenificado pela possibilidade dessa doação de vida acontecer não somente pelo ato sexual, como também pela convivência harmoniosa, pela presença dos filhos, que deverão ser educados no amor. O problema ético principal do sacramento do matrimônio são os desvios provocados pelo esfriamento do amor, fruto do isolamento, da busca frenética pelo prazer sexual, tudo isso em meio às vicissitudes normais da vida, que a cada momento se tornam mais difíceis por conta de todas as dificuldades sociais e econômicas, assim como por todas as exigências que o mundo impõe sobre os casais e sobre todas as liberalidades apresentadas pela sociedade como alternativas “possíveis”, mas que acabam destruindo o amor.
Quando os casais estão em crise de amor, as outras questões éticas começam a aparecer, como que de uma semente má (o desamor) frutificasse ramos de infidelidade, adultério, divórcio, entre outros. O casal deveria ter consciência quanto à necessidade de um consentimento no matrimônio baseado num amor maduro, vivido a partir de um conhecimento mútuo, por meio do qual os namorados e noivos pudessem tocar nas realidades humanas totais dos seus parceiros e, mesmo assim, verificar que persiste o amor. Nós vemos hoje que, por qualquer dificuldade, os casais já pensam em se divorciar, em buscar outro relacionamento. Aqueles que estavam apaixonados acabam se frustrando mutuamente por não terem refletido mais profundamente sobre o ato que estariam assumindo diante de si mesmos e diante da Igreja, e da comunidade e da sociedade como um todo.
O Catecismo da Igreja Católica afirma que o consentimento é um ato humano pelo qual os cônjuges se doam e se recebem mutuamente. Será que existe consistência na maioria dos consentimentos dados nos matrimônios de hoje? Eu vejo que uma das principais fontes de problemas éticos no matrimônio é a falta de maturidade para o consentimento, o amor que está configurado nas aparências e naquilo que é humanamente compreendido. Todo amor vem de Deus, pois Deus é amor. Um matrimônio no qual o centro é a presença de Deus, para que os dois, embebidos nesse amor divino, coroem o seu amor humano pela graça do sacramento do matrimônio, terá a possibilidade de ser na sociedade um sinal da presença do Senhor no nosso meio.
Os casos em que não há mais soluções humanas possíveis, nos quais o divórcio poderia ser até recomendado, precisam ser encarados como exceções; a regra é que o amor prevaleça, que os matrimônios possam ser reconstruídos a partir do amor. Porque o amor se renova, se redescobre, "se reencanta". É nessa linha pastoral que eu acredito que possamos caminhar no sentido de ajustar os casos que parecem insolúveis.
Nós ficamos muito tempo discutindo sobre o divórcio, eu vejo que precisamos ensinar os nossos filhos a amar de verdade e a melhor forma para alcançar essa graça é sendo testemunho do amor de Deus, um amor que reconstrói e está sempre disposto a recomeçar.
Diácono Paulo
http://blog.cancaonova.com/diaconopaulo
Quando os casais estão em crise de amor, as outras questões éticas começam a aparecer, como que de uma semente má (o desamor) frutificasse ramos de infidelidade, adultério, divórcio, entre outros. O casal deveria ter consciência quanto à necessidade de um consentimento no matrimônio baseado num amor maduro, vivido a partir de um conhecimento mútuo, por meio do qual os namorados e noivos pudessem tocar nas realidades humanas totais dos seus parceiros e, mesmo assim, verificar que persiste o amor. Nós vemos hoje que, por qualquer dificuldade, os casais já pensam em se divorciar, em buscar outro relacionamento. Aqueles que estavam apaixonados acabam se frustrando mutuamente por não terem refletido mais profundamente sobre o ato que estariam assumindo diante de si mesmos e diante da Igreja, e da comunidade e da sociedade como um todo.
O Catecismo da Igreja Católica afirma que o consentimento é um ato humano pelo qual os cônjuges se doam e se recebem mutuamente. Será que existe consistência na maioria dos consentimentos dados nos matrimônios de hoje? Eu vejo que uma das principais fontes de problemas éticos no matrimônio é a falta de maturidade para o consentimento, o amor que está configurado nas aparências e naquilo que é humanamente compreendido. Todo amor vem de Deus, pois Deus é amor. Um matrimônio no qual o centro é a presença de Deus, para que os dois, embebidos nesse amor divino, coroem o seu amor humano pela graça do sacramento do matrimônio, terá a possibilidade de ser na sociedade um sinal da presença do Senhor no nosso meio.
Os casos em que não há mais soluções humanas possíveis, nos quais o divórcio poderia ser até recomendado, precisam ser encarados como exceções; a regra é que o amor prevaleça, que os matrimônios possam ser reconstruídos a partir do amor. Porque o amor se renova, se redescobre, "se reencanta". É nessa linha pastoral que eu acredito que possamos caminhar no sentido de ajustar os casos que parecem insolúveis.
Nós ficamos muito tempo discutindo sobre o divórcio, eu vejo que precisamos ensinar os nossos filhos a amar de verdade e a melhor forma para alcançar essa graça é sendo testemunho do amor de Deus, um amor que reconstrói e está sempre disposto a recomeçar.
Diácono Paulo
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