quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Vida Religiosa

É comum associar a expressão “vida religiosa” a uma vida reclusa, como a das freiras enclausuradas. Mas, na verdade, toda pessoa que crê no Pai do céu, no Seu projeto, no destino que Ele traçou para as criaturas, obviamente deve ter uma vida religiosa. Não se pode conhecer uma verdade, acreditar nela e não se pronunciar a respeito. Há de haver uma reação. Portanto, acreditamos que vida religiosa é aquela que todos nós devemos viver.

Conhecendo o mistério da magnífica criação do mundo, conhecendo as nossas falhas, conhecendo a misericórdia divina, através da Bíblia e, principalmente, através dos relatos da Paixão de Jesus Cristo, que veio ao mundo para nos remir de nossas faltas e para nos ensinar a construir a felicidade, temos de tomar uma atitude com relação a tudo isso e essa atitude é a nossa vida religiosa. Religião é palavra oriunda do latim (re+ligare) e significa “religação, nova ligação”, ligação do que foi quebrado e restaurado.

Para o cristão, a Ressurreição é a etapa conclusiva da salvação. No Evangelho, encontramos o fato, a dinâmica e todo o objetivo da vida que, em Maria, se realiza de maneira plena e livre. Nosso destino é um novo céu, não um céu "lá em cima", porque céu não é um lugar, mas um estado.

Maria Santíssima é o modelo do perfeito discípulo. A sua vida foi toda uma vida religiosa, não fora do mundo, mas atuante no mundo, para Deus e pelos irmãos. Na atitude da Virgem Maria, ser humano realizado, toda pessoa encontra inspiração de vida, fé e amor: o projeto se torna realidade; o mal é vencido; o amor triunfa.

Vida religiosa é isto: é o indivíduo ver, em cada momento e em cada circunstância de sua vida, a presença amorosa de Deus e responder a esse amor, não importa o que der e vier, como “a serva do Senhor”: faça-se em mim segundo a Vossa vontade. E dentre aqueles que vivem uma vida religiosa nós rezamos especialmente por todos os que têm uma vida consagrada, contemplativa ou não, os religiosos que, seguindo aos conselhos evangélicos da pobreza, obediência e castidade, se colocam mais proximamente na radicalidade do serviço e do anúncio do Evangelho ao mundo.

Que os religiosos, os frades, as freiras, os monjes e as monjas possam crescer cada vez mais no testemunho e na ação pastoral da Igreja de Cristo.

Padre Wagner Augusto Portugal
Vigário Judicial de Campanha (MG)

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