Dias atrás, perto de mim estava uma mãe falando brava com sua filha, porque a pequena não estava sentando direito, já que estava com uma mini saia.
Fiquei imaginando o que se passava na cabeça daquela criança, que aparentava uns cinco ou seis anos. Será que ela compreendia a chamada de atenção que estava levando de sua mãe?
Na concepção da criança não existe malícia. Então tanto faz a forma de sentar.
A responsável por ela é que não devia vestir a menina com aquela roupa e exigir um comportamento de moça feita.
Muitas vezes, nós adultos agimos assim. Queremos que as crianças pensem e façam conforme nosso mundo, nosso entendimento.
É comum testemunharmos pais que ficam deslumbrados com a precocidade de seus filhos, desconfiam e comunicam, para todo o mundo, que prevêem que seus pequenos são superdotados.
Acabam por exigir demais dos filhos.
Com as opções e facilidades de hoje, é normal que as crianças tenham uma destreza com os meios, mas isso não quer dizer que são gênios.
Criança é curiosa por natureza e quer aprender, mas é preciso ter em mente que eles aprendem melhor quando nós entramos no mundo deles, e não eles no mundo adulto. De tanto eles serem tratados como adultos, até parecem precoces, nas palavras, nas habilidades, no raciocínio, mas não passam de crianças que não estão recebendo os ensinamentos de vida de forma incorreta. Porque pedimos que eles se portem como é pedido aos maiores.
Por exemplo, como exigir do filho de três ou quatro anos que fique calado e imóvel num ambiente que pede silencio? Essa concepção ainda não cabe na cabecinha dele. Talvez os pais tenham que se revezar num compromisso desse tipo. Quando ele tiver uns aninhos a mais, poderá compreender melhor o que lhe estamos dizendo.
Crianças são como folhas em branco, eles aceitam correção, disciplina e costumes de seus pais, basta que tudo lhes seja ministrado com amor e carinho.
Brincar com eles e inserir um ensinamento é uma ótima forma de fazer com que se interessem e levem uma regra para toda a vida.
Outra disposição que eles trazem naturalmente é a de sempre acatar e respeitar o que fala um adulto.
Basta que entremos no mundo deles.
Deus abençoe!
Sandro Arquejada
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