terça-feira, 9 de março de 2010

CASTIDADE

Meditando a Ladainha de Nossa Senhora, chegamos à invocação em que Maria é para nós um modelo de castidade: virgem, imaculada, pura e santa!
Castidade é uma daquelas palavras que usamos cada vez menos.
Não admira que alguns jovem nem saibam bem o que significa castidade.

A castidade não indica apenas algo que NÃO devo fazer, mas exatamente uma virtude que DEVO cultivar nos pensamentos e desejos.

Para ser casto não basta eliminar toda a malícia, pecados sexuais, impurezas, infidelidades, etc.
É preciso algo mais.
A castidade é o amor vivido do jeito certo.
Ser casto é respeitar a dignidade do corpo, da mente e do coração .
A castidade habilita a pessoa à comunhão.

Permite ver o sexo como um dom maravilhoso que o criador nos deixou para que pudéssemos completar a sua obra gerando e cuidado da vida.
Usar este dom apenas em proveito próprio, como na masturbação, entristece o coração e provoca uma profunda frustração.
A castidade é a irmã da felicidade.

Um casal precisa ser casto.
Esta não é uma virtude apenas para os que fazem “voto de castidade”, como os religiosos e religiosas.

Um casal casto sabe os limites e conhece as possibilidades de sua vida sexual.
Isto não significa somente evitar isto ou aquilo.
Castidade matrimonial significa sensibilidade masculina e feminina, reconhecer o outro no seu universo, exercitar-se na comunhão até nos pequenos gestos, celebrar a festa da vida no sorriso do neném.

A castidade supõe uma disciplina permanente que torne possível o auto-domínio. Para ser casto é preciso exercitar-se como o atleta que se prepara para uma corrida. Aquele que vive ao sabor de seus desejos e paixões é na verdade um escravo.
A dependência sexual às vezes ultrapassa os limites do vício e chega à ser uma doença, uma tara, uma neurose.

Educação sexual é mais do que conhecer algumas coisas sobre o aparelho reprodutor humano nas aulas de ciências da oitava série.
É aprender a administrar com sabedoria e prudência esta potência de vida que Deus colocou em cada um de nós.
Para viver a castidade é preciso a inteligência de não manter-se próximo do abismo. Ninguém quase-peca.

Ou pecamos ou não pecamos.
Se eu sei que em determinado ambiente vou cair. é melhor evitar!
Se não evito, já pequei.

Normalmente a castidade começa pelo olhar.
É um pecado social pelo qual a humanidade pagará caro, o uso da pornografia nos anúncios públicos.
Não há como não ver.

A insinuação provoca o pensamento e pode criar dificuldades na castidade.
Porém, uma coisa é ser involuntariamente provocado.
Outra coisa é procurar imagens, revistas, conversas maliciosas.

Alguém poderia perguntar: Mas ainda é pecado? O mundo evoluiu!!! A Igreja ainda está nessa? Não se esqueça que o mundo gira. A moda de ontem já passou. A de hoje passará. Promiscuidade e droga estão na moda, mas nem por isso devemos canonizá-las. O crime também está na moda. Faz sucesso nas telas do cinema. Mas isto não é eterno. A libertinagem é um dogma inquestionável dos mundos modernos. Adultério, masturbação, fornicação, pornografia, prostituição, estupro, luxúria, são nomes clássicos do pecado que vem da mesma raiz da “falta de castidade”.

Pecou, confesse!

O bonito ideal da castidade é conquistado com muita luta, mas também com oração. Diante de um momento de tentação será muito útil voltar seu olhar interior para Maria e repetir: Mãe castíssima, rogai por nós!

Padre Joãozinho

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