terça-feira, 19 de outubro de 2010

Vencer os medos

O medo é uma das principais emoções que regem a vida do ser humano. (cf. Catecismo da Igreja Católica nº 1772). É um mecanismo psíquico que serve para nos alertar de algo que atenta contra nossas emoções ou a integridade física.
Existe o chamado estado ou síndrome de pânico, que é o pavor nas suas mais altas instancias. Neste caso, para sanar a síndrome de pânico é preciso tratamento médico.
Porém, o que mais percebemos entre os seres humanos é o medo na forma de zonas de tensão, caracterizado por certo receio que paralisa a pessoa mediante situações que possibilitem o fracasso, a exposição ou que possam ferir os sentimentos. Esse tipo de temor engessa a pessoa no exercício de sua liberdade e na sua capacidade de amar. Por medo, muitas vezes prolongamos situações desconfortáveis e dolorosas, agimos por coação, ocultamos a verdade por receio de reação do outro, não queremos desagradar ou perder.

Para vencer os medos a única saída é enfrentá-los, pois, o objeto causador pode ser externo, mas o temor sempre será uma emoção, portanto, estará dentro da pessoa, e só ela pode decidir por si mesma e adentrar nos lugares sombrios do seu coração. Segundo o psicoterapeuta Augusto Cury, o segredo para se vencer o medo, até mesmo o pânico, está em: enfrentar os focos de tensão, desafiar o medo e reedita-lo na mente. (O mestre do amor, Ed. Academia de Inteligência-2002, pg. 43).
Quando enfrentamos aquilo que nos diminui, geralmente descobrimos que o monstro é muito menor do que imaginávamos.
Os traumas e as situações novas que remetem ao medo são oportunidades de crescimento. É necessário encará-las, agora munido da decisão de vencer, com o conhecimento de causa do tempo presente (que trouxe a experiência de quem você é e do mundo ao seu redor), e principalmente, com o Cristo Jesus que te ama e te faz vencedor. Jesus ensinou os apóstolos a enfrentar seus medos, transformando homens temerosos da Galiléia (até tinham medo de fazer perguntas, cf. Mc 9, 32) em destemidos propagadores do Evangelho, privilegiando três formas:

Ser ousado: “Jesus chama Pedro para andar sobre as águas” (cf. Mt 14,29). Entre no terreno desconhecido, busque a motivação de ir um pouco mais além.

Permitir o insucesso, o fracasso: “o jovem rico foi embora e não seguiu Jesus” (cf. Mt 19,22) Se algo não der certo, você pode continuar, buscando novas possibilidades, saberá quais outros caminhos tentar. O erro também faz parte do processo de aprendizado.
Também permita o erro dos outros: “os apóstolos voltaram a pescar após a ressurreição de Jesus” (cf. Jo 21,6), não condene o culpado, mesmo que lhe cause algum prejuízo, veja como investimento na pessoa. É melhor ter ao lado pessoas experimentadas do que meros coadjuvantes.
Acreditar em sua intuição: “Jesus estimulava a intuição dos seus apóstolos dirigindo-lhes perguntas ‘E vós quem dizeis que eu sou?, ’” (cf. . Mt 16,15). Métodos e teorias existem porque alguém antes pressentiu e foi buscar provas. Siga a voz do coração! Deus se comunica com nós também pela forma de inspiração.

As palavras registradas nos Evangelhos são eternas e atuais, para homens do tempo de Jesus e os de hoje. E Nosso Senhor Jesus Cristo sempre dizia: “Não tenhais medo” (cf.). Mt 8,26; 14,27; Lc 12, 4; Jo 20,19 “Coragem” (cf. Mt 9,2; Mc 10,49; Jo 16, 33). Essas são Palavras para cada um de nós também.

Deus te abençoe!
Sandro Ap. Arquejada

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