O Homem é um ser racional. Tem a capacidade de organizar pensamentos e idéias, não somente para sua vida, mas até mesmo, na ocorrência de elementos cotidianos e naturais. Por isso, tendemos em tudo, a querer compreender e encontrar causas, razões, explicações e os efeitos.
Assim, quando algo foge da quietude ou rotina que nos fornecia certo bem estar, uma falha em nossos planos, ou quando somos alvo de injustiças, automaticamente buscamos encaixotar a causa e o que foi o desencadear do problema dentro de nosso entendimento. A mente se esforça para adequar um esquema no qual inclua alguma ação própria ou uma variável que possa ter desencadeado o resultado negativo.
Isso é muito bom, pois é uma forma da pessoa não se acomodar diante do desfavorável, mas nem sempre, teremos de pronto, respostas às questões interiores. Nesse desenrolar da atividade mental que ainda não compreende a chave de sua frustração, ou não se vê merecedor do desgosto, pode estar nascendo o sentimento de autopiedade.
Pensamentos geram sentimentos e esses últimos podem marcar de modo muito profundo o nosso interior, transformando a experiência em uma carga negativa muito pesada. Há momentos em que é quase inevitável não render-se ao chamado “coitadismo”. Ainda que mentalmente, fazemos perguntas como: “Porque comigo?”, “O que eu fiz pra merecer isto?” Mesmo para Deus dirigimos tais indagações.
Porém, esse sentimento nunca ajudou ninguém a vencer os problemas, pois engessa a capacidade de pensar e de olhar macro, consequentemente extirpa parte das forças da pessoa e tira o animo para uma tentativa de reação.
Autopiedade é também um dos fatores que mais dificulta o processo de cura interior de alguém. Faz com que o individuo encontre-se, o tempo todo, como vítima de sua história e nunca se perceba como agente transformador.
A solução contra essa impressão, será tomar sempre, a decisão de enfrentar o problema. Nunca fixar o pensamento em que somos reféns do mal. Todos os seres humanos estão sujeitos ao sofrimento e a desilusão e não somos nós somente, os maiores desafortunados do mundo. Saia do sentimento de que o meio conspira contra.
Não importa quanto for dolorosa ou difícil a situação, temos sempre que encarar de frente qualquer agrura. Mesmo que o fato não possa ser mudado, mude você o seu interior, ou então, estará condenado a estacionar na paralisia de achar-se sempre vítima impotente.
Jesus nunca amenizou ou tratou os sentimentos de autopiedade, ao contrário, curou aqueles que estavam decididos a sair do problema e buscar uma solução. O mestre só pode agir na nossa liberdade. Ele o faz quando permitimos saindo do fechamento próprio.
Imagine se havia auto-piedade no coração daquele cego que gritava por Jesus, mesmo com os outros insistindo pra que ele se calasse: “Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais alto: ‘Filho de Davi, tem compaixão de mim!’ “ (cf. Mc 10, 48).
Também a mulher, que recebeu uma resposta de Jesus, que num primeiro momento até pareceu grosseira: “Jesus respondeu-lhe: Não convém jogar aos cachorrinhos o pão dos filhos” (cf. Mt 15, 26). A réplica dessa mulher demonstrou que nem o problema nem a indiferença do Senhor lhe tiraram o foco e a fé de alcançar algo positivo: “Certamente, Senhor, replicou-lhe ela; mas os cachorrinhos ao menos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos” (cf. Mt 15, 27).
Uma outra mulher que sofria com fluxo de sangue, mesmo com medo por ter feito algo proibido, (segundo a lei, ela não poderia tocar em ninguém cf. Lc 15, 19) expôs-se em meio à multidão, mas não parou no ser vitima, ainda que com a aparente reprovação que podia encontrar: “(Jesus) voltando-se para o povo perguntou, quem tocou minhas vestes? E ele olhava em derredor para ver quem o fizera. Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se-lhe aos pés e contou-lhe toda a verdade” (cf. Mc 5, 30-33).
Por mais angustiante que seja, ainda que venhamos a ser expostos, Jesus não quer nos deixar no comodismo da sensação da autopiedade. Ele estende a mão para mim e para você hoje, mas se ficarmos de braços cruzados, no fechamento do “achar-nos coitadinhos”, nada irá mudar.
Cabe a cada um assumir a sua parte no milagre que Deus tem para cada um de nós.
Deus abençoe!
Isso é muito bom, pois é uma forma da pessoa não se acomodar diante do desfavorável, mas nem sempre, teremos de pronto, respostas às questões interiores. Nesse desenrolar da atividade mental que ainda não compreende a chave de sua frustração, ou não se vê merecedor do desgosto, pode estar nascendo o sentimento de autopiedade.
Pensamentos geram sentimentos e esses últimos podem marcar de modo muito profundo o nosso interior, transformando a experiência em uma carga negativa muito pesada. Há momentos em que é quase inevitável não render-se ao chamado “coitadismo”. Ainda que mentalmente, fazemos perguntas como: “Porque comigo?”, “O que eu fiz pra merecer isto?” Mesmo para Deus dirigimos tais indagações.
Porém, esse sentimento nunca ajudou ninguém a vencer os problemas, pois engessa a capacidade de pensar e de olhar macro, consequentemente extirpa parte das forças da pessoa e tira o animo para uma tentativa de reação.
Autopiedade é também um dos fatores que mais dificulta o processo de cura interior de alguém. Faz com que o individuo encontre-se, o tempo todo, como vítima de sua história e nunca se perceba como agente transformador.
A solução contra essa impressão, será tomar sempre, a decisão de enfrentar o problema. Nunca fixar o pensamento em que somos reféns do mal. Todos os seres humanos estão sujeitos ao sofrimento e a desilusão e não somos nós somente, os maiores desafortunados do mundo. Saia do sentimento de que o meio conspira contra.
Não importa quanto for dolorosa ou difícil a situação, temos sempre que encarar de frente qualquer agrura. Mesmo que o fato não possa ser mudado, mude você o seu interior, ou então, estará condenado a estacionar na paralisia de achar-se sempre vítima impotente.
Jesus nunca amenizou ou tratou os sentimentos de autopiedade, ao contrário, curou aqueles que estavam decididos a sair do problema e buscar uma solução. O mestre só pode agir na nossa liberdade. Ele o faz quando permitimos saindo do fechamento próprio.
Imagine se havia auto-piedade no coração daquele cego que gritava por Jesus, mesmo com os outros insistindo pra que ele se calasse: “Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais alto: ‘Filho de Davi, tem compaixão de mim!’ “ (cf. Mc 10, 48).
Também a mulher, que recebeu uma resposta de Jesus, que num primeiro momento até pareceu grosseira: “Jesus respondeu-lhe: Não convém jogar aos cachorrinhos o pão dos filhos” (cf. Mt 15, 26). A réplica dessa mulher demonstrou que nem o problema nem a indiferença do Senhor lhe tiraram o foco e a fé de alcançar algo positivo: “Certamente, Senhor, replicou-lhe ela; mas os cachorrinhos ao menos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos” (cf. Mt 15, 27).
Uma outra mulher que sofria com fluxo de sangue, mesmo com medo por ter feito algo proibido, (segundo a lei, ela não poderia tocar em ninguém cf. Lc 15, 19) expôs-se em meio à multidão, mas não parou no ser vitima, ainda que com a aparente reprovação que podia encontrar: “(Jesus) voltando-se para o povo perguntou, quem tocou minhas vestes? E ele olhava em derredor para ver quem o fizera. Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se-lhe aos pés e contou-lhe toda a verdade” (cf. Mc 5, 30-33).
Por mais angustiante que seja, ainda que venhamos a ser expostos, Jesus não quer nos deixar no comodismo da sensação da autopiedade. Ele estende a mão para mim e para você hoje, mas se ficarmos de braços cruzados, no fechamento do “achar-nos coitadinhos”, nada irá mudar.
Cabe a cada um assumir a sua parte no milagre que Deus tem para cada um de nós.
Deus abençoe!
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