terça-feira, 11 de janeiro de 2011

De onde vem a inspiração e o talento?

Todo dom vem de Deus. “cada homem é constituído “herdeiro” recebe talentos que enriquecem sua identidade” (cf. Catecismo da Igreja Católica art. nº. 1880).

Nossas habilidades fazem parte do que somos e por elas devemos produzir os frutos que expõem uma vida de busca a santidade. Temos como exemplo disso, a parábola dos talentos (cf. Mt 25) e também “a fé: se não tiver obras, é morta” (cf. Tg 2, 17). Como se não bastasse, ainda há alegria em desenvolver um dom através da possibilidade de servir aos irmãos. Pelas nossas capacidades, a felicidade acontece dentro dos nossos corações. Principalmente quando oferecemos algo por gratuidade “Serás feliz porque eles não têm com que te retribuir” (cf. Lc 14, 14).

Porém, diante de tantos desafios que temos na vida, em algumas fases, nos sentimos sem inspiração, mesmo naquilo que já praticamos há tempos.

Muitos, talvez nem comecem algo, pelo sentimento de medo em não ser constante essa fonte de conteúdo.

Quando Jesus encontrou-se com a samaritana a beira do poço, Ele lhe prometeu dar uma água viva. Isso diz do Espírito Santo, que quando habita um ser humano, é fonte inesgotável de graça, tanto para essa pessoa, quanto para aqueles a quem ele (a) levar.

“Mas a água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água, que jorrará até a vida eterna” (cf. Jo 4, 14). Promessa do Cristo, que se cumpre quando a Água jorra do seu peito na crucificação (cf. Jo 19, 34). A Água do Seu coração é símbolo do Espírito Santo (cf. Catecismo da Igreja Católica art.nº. 694).

Esse Espírito Santo é também fonte de conteúdo para nossos dons. Pois “Deus age em todo agir de suas criaturas. E é a causa primeira que opera nas causas segundas e por meio delas: ‘Pois é Deus quem opera em vós o querer e o operar, segundo sua vontade (cf. Fl 2, 13)” (cf. Catecismo da igreja Católica art.nº. 308).

Concluímos então que, essa Água Viva, que vem de Deus, move também nossas habilidades, à medida que vamos nos dispondo. Nossa humanidade, firmada na força do Espírito Santo torna-se fonte inesgotável de riquezas.

Primeiramente, com o exercício, o talento torna-se mais apurado, desenvolvido. A cada dia de prática transpõem-se uma nova percepção de técnica, de zelo, maturidade e qualidade. Fica sendo possível trabalhar sempre melhor. Aperfeiçoar o nível inicial.

Depois. A experiência oferece a prática, intuição de novas opções e caminhos. A atividade contínua permite que o dom aflore sempre mais. Aqui, veremos que o talento maduro nos levará a querer dar um passo além, alcançar um patamar acima. Por exemplo: quando alguém que desenhou em papel (aperfeiçoou) e agora deseja pintar quadros. Quem cantou música popular (desenvolveu-se tanto) que agora pensa em estilo clássico.

Por último, se nos falta, a luz de uma nova criatividade, peçamos ao Espírito que venha como fonte de Água Viva. Ele é auxilio e distribuidor de dons.

Tudo o que Deus nos deu e constituiu, tem caráter de infinito. Somos um mistério insondável, por isso temos possibilidades sem fim. O que importa agora é começar!

Enterrar um talento é loucura. Dessa forma seremos infelizes e impediremos a felicidade de outros. Decidir não fazer, preocupando-nos com o futuro, sem a confiança de que não haverá inspiração ou os frutos não se multiplicarão, é agir como o homem que enterrou seu talento.

Seja ousado em Deus! Comece hoje o que Ele te pede, o amanhã e a continuidade da obra interessam ao Altíssimo, tanto quanto a nós.

Façamos a nossa parte no hoje. A inspiração futura, com certeza virá Dele.

Deus abençoe!

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