sexta-feira, 1 de maio de 2009

46º Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Dia do Bom Pastor

4º Domingo da Páscoa

03 de maio de 2009
O papa Bento XVI, em sua mensagem para o 46º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, faz o convite a todo o povo de Deus para refletir sobre o tema: A confiança na iniciativa de Deus e a resposta humana. Ele afirma: “Ressoa forte na Igreja a exortação de Jesus aos seus discípulos: ‘Rogai, pois, ao Senhor da messe que envie trabalhadores para sua messe!’ (Mt 9,38). Rogai! O urgente apelo do Senhor evidencia como a oração pelas vocações deva ser contínua e confiante”. De fato, quanto mais rezarmos ao Senhor da messe, maior será a nossa fé e a nossa esperança na iniciativa divina ao chamado de novos operários e operárias.
A vocação ao ministério ordenado e à vida consagrada, afirma o papa, “constitui um especial dom divino, inserido no vasto projeto de amor e salvação que Deus tem sobre toda pessoa e sobre toda a humanidade”. Todos nós somos chamados à santidade, graças à iniciativa de Deus. Ele escolhe alguns para que sigam mais de perto o seu Filho Jesus Cristo, sendo verdadeiros ministros e testemunhas de seu projeto de vida. Jesus chamou pessoalmente os apóstolos. Estes, por sua vez, fizeram outros discípulos, fiéis colaboradores no ministério missionário. É a dinâmica da animação vocacional.
“Nosso primeiro dever é manter viva, com a oração incessante, a invocação da iniciativa divina” em todos os lugares: família, paróquia, movimentos e associações, comunidades religiosas e dioceses. “Devemos rezar para que todo povo cristão cresça na confiança em Deus, certo de que o Senhor da messe não cessa de pedir a alguns o livre empenho da própria existência para colaborar de modo mais próximo na obra da salvação”, alerta Bento XVI.
A livre iniciativa de Deus requer a livre resposta do ser humano. Uma resposta que seja positiva, que acolha a iniciativa de amor do Senhor e se torne, para quem é chamado, uma exigência moral vinculante, uma ação de graças a Deus e uma total cooperação ao seu plano que prossegue na história (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2062).
Bento XVI afirma: “Mesmo sendo real que em algumas regiões haja uma preocupante carência de presbíteros, e que dificuldades e obstáculos acompanhem o caminho da Igreja, sustenta-nos a firme certeza de que o próprio Senhor é seu guia, dirigindo-a rumo ao cumprimento definitivo do Reino”. E o papa faz duas perguntas provocativas: “Quem pode achar-se digno de abraçar o ministério sacerdotal? E quem pode abraçar a vida consagrada contando apenas com seus humanos recursos?”. Mas nos dá a dica: “É importante relembrar que a resposta da pessoa ao chamado divino, quando se está consciente de que é Deus a tomar a iniciativa, e é também ele a levar a bom termo o seu projeto de salvação, não se reveste nunca do cálculo cheio de temor do servo preguiçoso, que por medo enterrou o talento a ele confiado (cf. Mt 25,14-30), mas se expressa numa pronta adesão ao convite do Senhor, como fez Pedro quando não hesitou em lançar novamente as redes, embora tivesse trabalhado a noite toda sem nada apanhar, confiando na sua palavra (cf. Lc 5,5)”.
A livre resposta do ser humano a Deus torna-se corresponsabilidade, “transforma-se em comunhão com aquele que nos torna capazes de produzir muito fruto (cf. Jo 15,5).” Bento XVI conclui a mensagem encorajando-nos diante das dificuldades e dúvidas, sugerindo-nos confiar em Deus e seguir Jesus, imitando a Virgem Maria na realização de nossa missão.
Pe. Juarez Destro, RCJ

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